devolvamos o pior que as instituições estimulam e fabricam e cultivam e produzem e reproduzem e de graça: patrões, chefes, militares, padres, aristocracias, quadros intelectuais, mulheres anoréxicas devolvamos pro lixo da história o lixo da pré-história que persiste subjugando com mortal vitória são, devolvamos, antes que a vida se extinga e, na catinga da vã glória, se finda devolvamos pro limbo das olimpíadas do Olímpio os bisnetos, netos, filhos, pais, avós e bisavós do estado de trégua: a viver em redoma com tubos de oxigênios pro amor e mais tubos de oxigênios pra amizade e mais tubos de oxigênio pra realidade pra tudo afinal tubos de oxigênio pra eternidade transcendental devolvamos ao céu profundo e porque não suportam os ares do mundo frequentam sempre o continente ilhal igual à passarela de desfile de ponte aérea internacional com seus ambientes sofisticados assépticos, dizem é lindo é normal eis aí a encarnação parasitária do mais-valor geral devolvamos ao mundo das ...
“O fato de Balzac ter sido forçado a ir contra as próprias simpatias de classe e os seus preconceitos políticos, o fato de ter visto o fim inelutável de seus tão estimados aristocratas e de os ter descrito como não merecendo melhor sorte e o fato ainda de ter visto os verdadeiros homens do futuro no único sítio onde, na época, podiam ser encontrados, tudo isso eu considero como um dos maiores triunfos do realismo e uma das características mais notáveis de Balzac”. Friedrich Engels, 1888