Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de janeiro, 2011

poesia

é sempre uma sentença de morte a poesia ou a poesia como sentença de morte é sempre uma onipresente sentença de morte quando não existe poesia uma sentença que é mais letal quanto mais parece vital quanto mais é interpretável palatável sociável amável amansável quanto mais não atravessa o avesso do sono no travesseiro deste viveiro: a sentença de morte de não poder poetar fora da propaganda de viver de não poder, em começo, viver sem publicidade de eu de homem de mulher de negro de gay de pobre é sempre uma potência festiva revolucionária coletiva a poesia potência viva insubordinável inapreensível impossível incontrolável imprevisível quando não publicável não palatável não amável não sociável porque fora da propaganda porque viva carnavalesca vivendo é sempre a nossa sentença de morte que condena a poesia quando o poema não diz o que nos mata nos rouba nos ata nos poupa é sempre uma alegria a poesia quando diz o inaudito o invisível o imperceptível o não cheirado o não degust