Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de fevereiro, 2011

o progresso em bala

No ano x , y foi à rua w e comprou uma pistola calibre progresso. No ano x + 10, y chegou a sua casa e desfechou tiros contra o corpo. Depois de morto, y foi aludido num telejornal. Neste, seu suicídio não significava nada. Apenas mais um morrera. No entanto, o silêncio, dissimulado em indiferença, dominou de tal maneira os expectadores que era sem dúvida um sinistro aviso coletivo. Y talvez fosse a liberdade? A desmassificação? O homem que se inventa? A mulher que se desmasculiniza? O desejo desejado enfim inscrito na ponta outra do outro que deseja, formando impossíveis? De qualquer modo, estava morto pelas próprias mãos, pelo próprio tiro, pela própria bala.

descentramentos

centros concentram estupram mundos centros de mim de ti, sem jabuti sem javali sem índio guarani humilham submetem assassinam por lá, por aqui, por aí, floras faunas inorgânicos rasos fundos rios vulcânicos centros de posse sanguessugam os órfãos de órgãos de pão através dos centrais monumentais vampiros dentais famintos suspiros de Deus de Midas de mídias centros centram roubos arroubos que arrombam raios concêntricos aços abraços de morte cercam tudo que não é nem sul e nem norte tudo cuja direção é pura sorte é sem correção sem circuncisão sem adaptação sem sujeição porque descentrados insubordinados são pois descentrar é revolucionar o centro dentro do centro até desconcentrar o centro de homens de humanidades e seus centrais pedestais sem mais umbrais fenomenais e outros que tais pois descentrar é um vendaval de vaus de naus no liso mar, amar, sem centros ciumentos pelo ar, sem fomento de egos, cimentos pois