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Mostrando postagens de janeiro, 2008

PêNdUlO

Depois de atravessar o inferno, esse paraíso Depois de atravessar o paraíso, esse inferno Depois de atravessar o sonho, esse pesadelo Depois de atravessar o pesadelo, esse sonho Depois de atravessar a ação,essa inação Depois de atravessar a inação,essa ação Depois de atravessar o novo,esse velho Depois de atravessar o velho,esse novo Depois de atravessar o outro,esse mesmo Depois de me atravessar o mesmo,esse outro Depois de atravessar a cidade,esse bairro Depois de atravessar o bairro,essa cidade Depois de atravessar a fome,essa saciedade Depois de atravessar a saciedade,essa fome Depois de atravessar o poema,essa prosa Depois de atravessar a prosa,esse poema Depois de atravessar o luxo,essa favela Depois de atravessar a favela,esse luxo Depois de atravessar o sim,esse não Depois de atravessar o não,esse sim Depois de atravessar o sexo,esse pau mole Depois de atravessar o pau mole,esse sexo Depois de atravessar o finito,esse infinito Depois de atravessar o infinito,esse finito Depois

universal do reino de deus

eu perdi tudo que tinha carro, casa e uma lavanderia meu marido arrumou uma amante meu filho ficou revoltado minha filha ficou grávida de um traficante cheguei no fundo do poço toda endividada cada hora era um cobrador diferente que batia à minha porta fui despejada dormi debaixo do viaduto da Praça São Vicente tentei suicídio aí então eu descobri a universal do reino de deus participei primeiro do GRANDE CONGRESSO DOS VITORIOSOS depois do OS 318 EM JERICÓ depois da SESSÃO DO DESCARREGO e também da do PONTO DE LUZ consegui convencer meu marido a ir comigo tudo mudou agora eu tenho um carro da minha firma um outro importado só pra mim acabei de comprar um outro zero quilômetro pro meu filho que trabalha comigo e já montou uma filial pra ele também comprei outro carro e uma casa pra minha filha que conseguiu, graças a deus, a converter também o seu hoje marido que não mais trafica e o meu marido hoje tem a sua própria frota de caminhões e de aviões é um homem fiel a deus e a mim sua ama

Mulher

“ Cuando la mujer está, / todo es tranquilo, lo que es/ - la llama, la flor, la música - / Cuando la mujer se fue, / - la luz, la canción, la llama – ¡todo! Es, loco, la mujer.” Juan Ramón Riménez: Jardines lejanos MULHER como dizer sobre o inusitado da força de uma fantasmática helênica troiânica helena, quando a aventura feminina é soltura no abismo, é equilíbrio dançante no susto do desequilíbrio , é contente incompreensível tristeza luzente, na superação instantânea da dor momentânea de estar humilhada, como mulhereda tourada pelada, inventada, pelo olho absorto do homem estupra(dor ) inveterado, com sua dolorida colorida dolorosa prismática priápica anestésica dórica colúnica fálica, narcísica, e cego para o alter ego existente e persistente, na pupila púbica, lúcida ausência múltipla, na forma-música, do coração rítmico, em sonhos míticos e em vozes místicas de outros lugares sísmicos, outros ares líricos, outros mares físicos, outros lares ritualísticos, outros

transdado estético.

1 transdado estético de margens, excesso de margens de centros: periferias, objetos simbolicamente desauralizados, assim talvez se faz para escrita poética, assim se faz constituição estética do anarquo-infinito-teodemonológico: modo de derrame de pauta, de branco, de vazio, de cheio, como manga que borra, porra, como beijo, pés em barro, como rio sem barranco, silêncio, como grito, estar dentro e fora, como uma velha boceta em rasura, em usura, em usar, libidinal; como mendigo em cama de casal, medieval; rua em tra vesseiro, viaduto; como criança rabiscando, assinatura de agora em agora de viver; como cidade sitiada pela ordem do bem vestido, do bem falante, do bem morado, do bem humorado, da elegância, do regime do muito, do muito arregimentado, espelho de carro 2 fechado no fechado sinal, vermelho sangue fora de corpo sem sangue de moleque pelado ao lado do lado, desladando, sem dando, sem dado, como se, num lance de desdados, a cidade, na rua, em algur