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Mostrando postagens de dezembro, 2017
AMOR um amor me pegou, tão estranho amor , tão-desalmado, tão-outra-coisa, que me levou sem mim, pra um lugar distante-aqui, que explodi-implodindo, e estava tão disperso em minha concentração distraída de mim, que me arremessava a favor do abismo raso de cair, sempre, sempre, dentro de um outro fora, voando ao caos, ao leu, desencontrado, por aí, o amor não é dor, dor é amar a gente mesmo, o amor é o desespero dos genocidas, das formicidas, o amor, engana-se quem pensa que morria, engana-se quem pensa que enlouquecia, engana-se quem pensa que sumia, engana-se quem pensa qualquer pensamento. o amor é impensável, e me achou naquilo que não existo, e nem posso, existir. o amor é resistir ao ser, é uma impropriedade, um desvio, um erro, um apesar da gente. o amor é o deserto do ego, é habitado por seres mutantes, um amor-fêmea, um amor-árvore, um amor-barata, um amor-verme, um amor-flor, manhã de noites, um amor-vento, um amor-sol, um amor-pedra, um amor-sem-nome, sem sobrenome, comum e
venezuelar não existem alternativas o inevitável – parada cardíaca no miocárdio do cardápio ocidental– circunda o dentro e o fora do dentro cobrindo a carapuça do capacete envenenado na ponta da flecha do míssil da plutônica ogiva de veneno na peçonha ditirâmbica dos rostos civilizados o disfarce de primaveras da história de outonos nas folhas caídas da noite solar dos tempos roubados dos outros chamados de bárbaros onde nascer uma aventura prodigiosa tornou-se por um desvio do desvio das vias desviadas de amar cantar pensar o horizonte dos começos do matadouro no chifre do touro o estouro da bomba do acatemos aceitemos rebaixemos humilhemos amedrontemos aos fluxos furtos nus do dinheiro na veia o pus do convertido trabalho vertido à nudez vestida da ordem da igreja monumental onde mesmo a desordem ainda que horizontal do capital na dança das pernas o bigode do bode passeia nos bondes dos condes na