Começo dizendo que não escrevo este artigo como Professor da Universidade Federal do Espírito Santo, embora essa condição seja inevitável. Por conseqüência, os argumentos que tecerei não têm a pretensão de representar nem a instituição em que trabalho, nem ao Departamento de Línguas e Letras, do qual estou chefe, atualmente. Simplesmente quero dar meu testemunho de pai de uma criança, com 12 anos de idade, e que desde o pré-escolar estudou na Rede Pública de Ensino. Afirmo antes de tudo que minha decisão foi e é Política, e Política com P maiúsculo, porque não está assentada na pequena política de defender os interesses da família, de filhas, filhos, mãe, pai, esposa, esposo; ou, ainda, nessas outras pequenas políticas ligadas igualmente à perspectiva de lutar para garantir condições mais favoráveis aos próximos étnicos, de gênero; e falo simplesmente, nesse caso, das cotas para negros, índios, homossexuais, com as quais, de antemão, concordo, embora pense que também elas, por mais leg...
“O fato de Balzac ter sido forçado a ir contra as próprias simpatias de classe e os seus preconceitos políticos, o fato de ter visto o fim inelutável de seus tão estimados aristocratas e de os ter descrito como não merecendo melhor sorte e o fato ainda de ter visto os verdadeiros homens do futuro no único sítio onde, na época, podiam ser encontrados, tudo isso eu considero como um dos maiores triunfos do realismo e uma das características mais notáveis de Balzac”. Friedrich Engels, 1888