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Mostrando postagens de novembro, 2011

reza brava

O filho da puta chegou como um milagre, incrível, e a gente ainda acha que a vida não vale a pena, depois desses milagres todos, desses nascimentos todos, surpreendentes, das palavras nascendo enquanto as escrevo, enquanto as digito, um tremendo desafio, porque posso dizer tudo, posso fazer as combinações que não puder, que nem sei que possa, porque é um milagre, um susto, um imprevisto de sonhos que as escritas podem escrever, e tudo está absolutamente aberto, e afirmo novamente, absolutamente aberto, para escrever o que for e o que não for, nada me prende, não existem limites, vou afirmar novamente, não existem limites, nem morte, nem escravos e senhores, nem esquerda e direita, nem o rico e o pobre, nem a minha masculinidade, o meu sexo, as minhas marcas todas, os emparedamentos do mundo, o trabalho, o salário, e suas faltas ainda mais pilantras, nada disto é limite, pelo contrário, tudo isto e muito mais são desa-fios,entedamos, e mesmo esse entendamos, esse verbo assim, metido d

oprimido

os lixos da história este poema e tantos outros os lixos da história de traição e de dominação, são crimes sanguinários artes assa-cínicas os lixos da história, os saberes, os dizeres e os quereres, e não os lixos, os despojos de nojos, mas as oficialidades, os rituais, as boas maneiras o belo amor, a paternidade, o ser médico, presidente professor, potente ou carente, com dente ou sem dente a minha vidinha besta, as prestações, o eu ser hetero ou gay, negro ou branco, criança ou adulto, mulher ou homem, pobre ou rico, ocidental ou oriental, crente ou descrente, os lixos da história, a liberdade, a igualdade, a fraternidade, o primeiro colocado seja lá no que for e também o último, e também o nem um nem outro os lixos da história, o moralista e o imoralista, o utopista ou o niilista o opressor e o oprimido o caçador e o caçado o patrimônio material e simbólico a alta e a baixa culturas os lixos da história a imparcialidade e a parcialidade a seriedade