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Mostrando postagens de junho, 2008

tudo está dito/nada está feito

quis escrever um conto. Os dedos começaram primeiro que eu, digitalizando. então pensei no como os dedos podem digitalizar sem mim, como podem ter memória própria, escrever e escrever-se, assim, como quem escreve e se escreve, a história biográfica da memória testemunhal de um dedo. e o dedo, ou os dedos, começaram a... se... e ficaram com preguiça. passado um tempo, por preguiça de freqüentar outros ofícios, de fazer outras coisas que tinha que fazer, naquele momento depois agora, depois daquela outra preguiça, entrei finalmente neste arquivo e vi o texto aqui inacabado, pensei que talvez já pudesse estar ou ficar inacabadamente pronto ou prontamente inacabado se apenas deixasse ele, este aqui, acabar no ficaram com preguiça, mas os dedos começaram a recuperar a sua memória digitalizante e começaram a escrever novamente, e escreveram até aqui, até aqui, até aqui, até aqui, não vou dizer mais até aqui, pra não enjoar o leitor, e foram escrevendo até aqui porque eram dedos e dedos n

Deus

Deus é puro sexo E tem o gozo do universo Com seu falo vaginado Penetra e é penetrado Pelo cosmológico Devaneio de amplexo Sua transa etérea De buraco negro de verso Suga e transfigura A ilusão de ser matéria Que lubrifica e infla A vida de vidas O infinito de finitos As polipresenças De ausências.

QUEM

( “quem não sabe que a mulher é uma invenção do homem, o negro, do branco, o pobre, do rico, o sul, do norte; o homo, do hetero; a consciência, da inconsciência; o consumidor, do mercado; o excluído, do incluído, sequer começou a se inventar, e ainda não existe.” Jacques Lacan, seminário 0, 333333333333333333333333333333333333333333333333333333333333333333333 ) Quem não coisa amor de sombras nas palmas-mãos do dar-se a conhecer ? Quem não trouxa uma contrariedade nas hierarquias do aproximar de ao deixar-se levar? Quem não mármora um tornar a renascer nas esteiras do estar o rosto a euficar? Quem não asfalta uma lacuna de estar nas vagas do mim/ti o sonho de unificar? Quem não pedra o coração