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Mostrando postagens de novembro, 2010

rIzOmA

sou frágil caluniado ofendido sacaneado humilhado aviltado xingado desprezado inferiorizado explorado sou frágil sou fraco sou filho da morte sou ágil eu: não sou nada não tenho nada sou livre sem ser sou: no condenado que estou intocável afetadamente inafetável ofendidamente inofendível sou não sendo um pária sim, sou um pária sem ser sou sim um detido sem ser sou di-vertido in-convertível pagão sou um escravo livre um anômalo vândalo sou não ainda bem digo que não posso ser descer devo tecer o destecer do ser desaparecer o ser que não posso ser é não ser que não serei livre aí sim estou não sendo sendo o sido que não pude ser aí sim já não sou eu somos sem ser porque nos faremos o não ser da puta filha da puta o não ser do ser do desgraçado do infeliz o alegre atrevido não ser do pivete o não ser do pobre dos mais recusados e xingados evitados o não ser minhoca barata rato cobra verm

desnome

Agora que estamos no coração do combate de não ser a gente mesmo, estamos livres, finalmente começadamente fora do comercialmente comércio de ser a gente decentemente pois agora que não somos que somos indecentes o aberto presente é o só o interessa o que não é meu nem seu nem nosso nem de ninguém sem catequeses desde que o outro em nós e fora de nós não seja a idealizada mímica da caricatura que temos sido de nós pros nós de nós mesmos no strip-tease humanista de nós no gene da gente, demente desde que eu não seja eu de nós, humanos, impérios romanos pois já não chega, e nunca chegou, o penso logo existo, com seu anjo maligno ocidental-imperial-filosofal-escrotal-parasital de ser homem, desgraça imperiosa deste mundo fodido cheio de infaustos faustos incestuosos desejos intra desejosos de ser nós venosos de intimidades de obscenidades de ser esta malária: subjetividades ids ambulantes, parasitando o ególatra golo guloso