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Mostrando postagens de junho, 2011

Iraque

o preço vale a pena de mortes incontáveis sem rostos, apagáveis chafurdadas em covas comuns de fósseis combustíveis de estatísticas infindáveis de números inclassificáveis as dores insuportáveis espalhadas estilizadas consubstanciadas em marcas de automóveis no direito de ir e vir dos indivíduos louváveis devidamente motorizados em complexos nexos desconexos refleticos reflexos nos bombásticos músculos de espelhos de egos da morte a combustão: em iraque o eixo do bem com estados unidos liderando assassinaram a mais de três milhões de iraquianos são cinco milhões de órfãos um milhão de viúvas assassinaram a infraestrutura pontes escolas, hospitais condutos de água assassinaram a memória milenar a alegria lunar do iraquiano solar pilharam a vida tudo porque sabem que o lucro vale o genocídio o lucro vale tudo é por isso que amo o prejuízo que amo a falta de juízo que amo o regozijo que amo a vida que se inventa no vult

Rabisco

amor é algo em que se é indistinto e distingo os traços aços do seu rabisco e você me apresenta sem se apresentar sua poesia, seu eros da distância, seu eros da proximidade, e vejo borboletas entrelaçadas no ar, saltando, e são pássaros, e são insetos, e são folhas, e são gentes, e são seu tesão em vinho transfigurado nos sonhos que vejo, que desejo, que toco, que retoco, que ouço, que remoço, que degusto, que te gusto, que cheiro, que recheio, e você é minha não minha perturbação, os tatos atos de meus sentidos, e a saudade não tem idade, parece muito antes de mim, como se antes do ovo, antes do óvulo, do esperma, do gozo, algo-ouro-diamante-música-alegria-utopia-ressurreição-feto-paraíso-já e, antes de nascer, de escrever, de ser texto, de existir o mundo, antes/depois de Deus, no remotíssimo agora de não tê-la tendo, na tela-pintura de pintar-nos, a dois, a um, a mil, imagens em estrelas de nos darmos, de sermos dados, acaso do caso de um lance de dados e você não abolirá o

utopia

o capitalismo é absurdo absolutamente nele somos absurdos aberrações concretamente abjetas abstratamente a única coisa a fazer além de tocar um tango argentino é abnegadamente dançar cantar imaginar pensar realizar amar voar divagar fora do absurdo surdo mercado de absurdas garras de guerra de lucro e então surtados - alegremente generosamente igualmente amorosamente revolucionariamente localmente mundialmente plenamente – de corpo de mente corpalmente seremos lindamente outra gente então na absurda vida nasceremos individualmente e fora da absurda lucrativa morte viveremos coletivamente