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Mostrando postagens de maio, 2008

eu destronado

/A arte é o que faz ser a vida mais interessante que a arte/ quem me quer como eu nem sequer me quero? entre o destronado reino sem fim das necessidades e o privilégio do reino das exclusividades, quais mins de mim fechariam comigo, se eu me destronasse todo no primeiro? quem me amaria a mim entre as pessoas que dizem me amar, se este homem aqui, olhem, que mal conheço este aqui, olhem, que mal concebo e mesmo assim é o que justifica toda uma existência este que abriga toda a coragem presente e ausente. em qualquer ente, que sente, se este homem em mim fosse todo eu? este que pode perder o caminho de casa e achar os caminhos do mundo que pode simplesmente ignorar os conluios de não: ao sonho, à justiça aos injustiçados à liberação da mulher e do homem - do entorpecimento de suas domesticadas paixões - à proliferação, em cascata, de amores, de furores, de cantores, de outros valores que não sejam os dos impérios dos horrores, dos terrores dos impostores

Instituições

instituições são grades grades seus lábios distantes, pertos grades seus lubrificados lábios chamativos: distintivos distintos dos abstratos versos. instituições são grades grades as vidas mortes lentas, fendas, de reflexos sem nexos, umbigos nutrindo o mundo: de côncavos e convexos instituições são grades grades escuros caminhos no país da luz, retratos vestidos nus de não sermos jus grades apertos nos peitos desfeitos dos feitos sem jeitos dos homens: racionais desconcertos

poesia

“A poesia não existe e, como nós, se faz existir, quando ao tempo resiste, quando, apesar de tudo, não desiste, insiste.” ( Eluard Breton Carpentier. Deshoras, p. 0” poesia: respiração truncada em truques se já o que ontem adivinha, ad-vinho o que sem signo pré-vem, pré-vino, e vinho libando o ar no desafinar, desafino, leve/pesado crepúsculo vem indicar umas molduras que minha carne prefere às páginas moduladas em módulos de músicas em iscas de branco, de negro, de limite, de só o visto, o desvisto pela mão que as envolve e os molha os insetos-letras que a acompanham, e essa espera, esperada na madeira por sua absorção que não detém ao desvão de cubo, enquanto não umas máscaras, os cansaços que não chegam às molduras, que não esperam como algo feito em cascas, se como a mulher, que espera em uma asa de rabiscos, mas ao traçar as gretas da moldura do grelo no grilo do paralelo, elevado ao canário das impossibilidades possíveis, temos então o resultado preciso da glória ditirâm