“ Cuando la mujer está, / todo es tranquilo, lo que es/ - la llama, la flor, la música - / Cuando la mujer se fue, / - la luz, la canción, la llama – ¡todo! Es, loco, la mujer.” Juan Ramón Riménez: Jardines lejanos
MULHER
como dizer sobre o inusitado da força de uma fantasmática helênica troiânica helena,
quando a aventura feminina é soltura no abismo, é equilíbrio dançante no susto do desequilíbrio ,
é contente incompreensível tristeza luzente, na superação instantânea da dor momentânea de estar humilhada, como mulhereda tourada pelada, inventada, pelo olho absorto do homem estupra(dor ) inveterado, com sua dolorida colorida dolorosa prismática priápica anestésica dórica colúnica fálica, narcísica, e cego para o alter ego existente e persistente, na pupila púbica, lúcida ausência múltipla, na forma-música, do coração rítmico, em sonhos míticos e em vozes místicas de outros lugares sísmicos, outros ares líricos, outros mares físicos, outros lares ritualísticos, outros hangares viagísticos, outros haréns silogísticos, nas nuvens telúricas, dísticos salivo-beijísticos, do abraço-luz, induz alegria, que deduz, nos dedos da alforria da folia , que seduz, através do revés, no invés lúdico, todo tolda toda, a doida doída saída partida de uma corrida clitorisística, em cada alada asa de sua inocência infernística, pórtica deusa gozística ?
como dizer fora do nome joana , do nome carla, do nome juliana, do nome-cozinha, do nome-mãe, do nome-cama, ou ainda do falacioso nome-supostamente-emancipado-da-mulher-no-fora-dentro do mercado , marcado-por-famílias de nomes e sobrenomes-homens?
como dizer a mulher?
se é antes da palavra, se é depois do silêncio
se é antes da culpa e se é depois do pecado,
se é antes do ovo e se é depois do novo,
se é antes do norte e se é depois da morte,
se é antes de mentir e se é depois de fingir,
se é antes do depois e se é depois do antes
como dizer, com língua de garfo, por onde passa, em brechas, as palavras lavras,
a colher a colher de uma mulher?
Como, em coma, mordo, e como, o dito dizendo o diz da matriz da flor de lis da atriz que é força motriz , de uma santa meretriz, na escrita arrebitada de um nariz,
que traz o infinito como a um giz ,
a riscar o arco-íris sobressaltado,
pelo olhar multifacetado, de sua íris feliz,
engolindo o sol de um gesto, um jeito, um trejeito, num instante, num triz, de um chuvisco espalhado, pelas margens labiais, de pequenos grandes terremotos, nessas
florestas abismais, delicados maremotos, que é céu , árvore, copa, vento, sombra, verdejantes flores primaveris, no desejo crescido da alimentada raiz,
ofertando a semente de seu delírio
pelo brilho colírio de um lírio
de voantes pétalas tocantes,
almas corporais da curva da uva da vulva,
do cheiro, do aperto, do som, do andar do pensar, no imaginar dos cabelos de fios tecidos de cílios, de lábios,
se permeio todo centeio, a ferida sonâmbula, não creio que vai e veio , dessas queridas estrelas trêmulas, faíscas não banqueteio ?, se rodeio,
e não saboreio o tumulto em que passeio?
na fome do recheio, de seu olhar de enleio,
que interveio na veia do veio,
que eu meio que leio
, sem receio?
no recreio de seus seios,
o sexo do amplexo, simples e complexo,
o reflexo de seu nexo,
espelhei-o?
como dizer a mulher, se canta, se conta, se conto, se onto, o bendito maldito não dito, esse interdito?
MULHER
como dizer sobre o inusitado da força de uma fantasmática helênica troiânica helena,
quando a aventura feminina é soltura no abismo, é equilíbrio dançante no susto do desequilíbrio ,
é contente incompreensível tristeza luzente, na superação instantânea da dor momentânea de estar humilhada, como mulhereda tourada pelada, inventada, pelo olho absorto do homem estupra(dor ) inveterado, com sua dolorida colorida dolorosa prismática priápica anestésica dórica colúnica fálica, narcísica, e cego para o alter ego existente e persistente, na pupila púbica, lúcida ausência múltipla, na forma-música, do coração rítmico, em sonhos míticos e em vozes místicas de outros lugares sísmicos, outros ares líricos, outros mares físicos, outros lares ritualísticos, outros hangares viagísticos, outros haréns silogísticos, nas nuvens telúricas, dísticos salivo-beijísticos, do abraço-luz, induz alegria, que deduz, nos dedos da alforria da folia , que seduz, através do revés, no invés lúdico, todo tolda toda, a doida doída saída partida de uma corrida clitorisística, em cada alada asa de sua inocência infernística, pórtica deusa gozística ?
como dizer fora do nome joana , do nome carla, do nome juliana, do nome-cozinha, do nome-mãe, do nome-cama, ou ainda do falacioso nome-supostamente-emancipado-da-mulher-no-fora-dentro do mercado , marcado-por-famílias de nomes e sobrenomes-homens?
como dizer a mulher?
se é antes da palavra, se é depois do silêncio
se é antes da culpa e se é depois do pecado,
se é antes do ovo e se é depois do novo,
se é antes do norte e se é depois da morte,
se é antes de mentir e se é depois de fingir,
se é antes do depois e se é depois do antes
como dizer, com língua de garfo, por onde passa, em brechas, as palavras lavras,
a colher a colher de uma mulher?
Como, em coma, mordo, e como, o dito dizendo o diz da matriz da flor de lis da atriz que é força motriz , de uma santa meretriz, na escrita arrebitada de um nariz,
que traz o infinito como a um giz ,
a riscar o arco-íris sobressaltado,
pelo olhar multifacetado, de sua íris feliz,
engolindo o sol de um gesto, um jeito, um trejeito, num instante, num triz, de um chuvisco espalhado, pelas margens labiais, de pequenos grandes terremotos, nessas
florestas abismais, delicados maremotos, que é céu , árvore, copa, vento, sombra, verdejantes flores primaveris, no desejo crescido da alimentada raiz,
ofertando a semente de seu delírio
pelo brilho colírio de um lírio
de voantes pétalas tocantes,
almas corporais da curva da uva da vulva,
do cheiro, do aperto, do som, do andar do pensar, no imaginar dos cabelos de fios tecidos de cílios, de lábios,
se permeio todo centeio, a ferida sonâmbula, não creio que vai e veio , dessas queridas estrelas trêmulas, faíscas não banqueteio ?, se rodeio,
e não saboreio o tumulto em que passeio?
na fome do recheio, de seu olhar de enleio,
que interveio na veia do veio,
que eu meio que leio
, sem receio?
no recreio de seus seios,
o sexo do amplexo, simples e complexo,
o reflexo de seu nexo,
espelhei-o?
como dizer a mulher, se canta, se conta, se conto, se onto, o bendito maldito não dito, esse interdito?
Comentários
Fernandinha
Encantada e agradecida (mulher que sou)por ser cantada em prosa e versos por você.
beijo
e eu aqui, sentindo-me "floreada" com seu olhar poético para o mundo tão misterioso-mosaico-feminino.
Um abraço
Jacinta
heheh..
abç
Muito lindo!!!
Beijos
http://sex-appeal.zip.net
http://cara-nova.zip.net
brigada pela homenagem!!! Posso agradecer em nome do mulherio td, s/ medo d ser infeliz!
Abraço!
(Gabriela Galvão - Soh vim ler seu poema, ñ fiz login no meu bloguinho.)
Ah! E parabéns q livro "vindouro"!
Vou fazer login, agora q vi q ñ permite anônimos, peraih! ; )
Proibiam-lhe que se mostrassem à janela. Quanto mais as barras das saias subiam (de acordo com os ditames da moda), mais as das suas desciam, conforme as crises de insegurança dos maridos brochas. Mas à noite exigiam duas leis. Muito mal amadas, vero, mas excessivamente comidas pela prosa e pelo verso.
conforme disse, cá vim à tua "taça"
e porque sou Mulher, obrigada pelo versão!!!
muito lindo,
(cuando la mujer está, todo és tranquilo... todo será mejor, porque nosotras somos de buena fibra!!!)
beijinhos
Quanto encantamento!
Visita retribuída e blog incluído na lista daqueles a serem lidos diariamente... ou quase... rsrsrsrs
beijo
sou fã deste seu poema desde que o li pela primeira vez no seu livro "Cor vadia". Com a sua sensibilidade de voraz observador dos (des)mundos contemporâneos, co/des/loca a mulher nesse(s) entrelugar(es) eterno(s).
Beijo,
Karina.
Mas senti toda emoção, pura emoção, contido aqui.
¿qué decir de tus palabras? son como un columpio en el que provoca mecerse alto, muy alto.
saludos
e parabens pelo seu texto
abrço