limpando o limpo no limo do limbo da vida, com o sujo sem limpo, fico com o corte sujamente afiado o sujo mais sujo, cortando, afinco tão sujo que não sujo e nem limpo, um outro não limpo e não sujo, fora da gravura, da alvura, só rasura, só usura sem usura, só usado, usando, a usar, abusadamente aqui, perto de seu olhar, lábios, trejeitos, perturbação, os pés descalços, masturbação, do alado lado, embaixo da cadeira, abaixo inculcação: ajoelho rezo no culto deles os pés e os beijo de baixo pra cima, até sugar o açúcar de seu tabaco, ópio e sonho, melado, amargo tesão, gota de paraísos infernais, a bílis de sua estranheza, chegar até ela na rachadura de superficiais safadezas de profundezas sob a mesa das boas maneiras, onde seus pés podem ser lavados de toda limpeza moral por minha língua mortal esta mesma que lambe o cacetado clitóris de seu vau vendaval carnaval pluvial val embaixo da mesa mil outras mesas quentes banquetes b...
“O fato de Balzac ter sido forçado a ir contra as próprias simpatias de classe e os seus preconceitos políticos, o fato de ter visto o fim inelutável de seus tão estimados aristocratas e de os ter descrito como não merecendo melhor sorte e o fato ainda de ter visto os verdadeiros homens do futuro no único sítio onde, na época, podiam ser encontrados, tudo isso eu considero como um dos maiores triunfos do realismo e uma das características mais notáveis de Balzac”. Friedrich Engels, 1888