o preço vale a pena de mortes incontáveis sem rostos, apagáveis chafurdadas em covas comuns de fósseis combustíveis de estatísticas infindáveis de números inclassificáveis as dores insuportáveis espalhadas estilizadas consubstanciadas em marcas de automóveis no direito de ir e vir dos indivíduos louváveis devidamente motorizados em complexos nexos desconexos refleticos reflexos nos bombásticos músculos de espelhos de egos da morte a combustão: em iraque o eixo do bem com estados unidos liderando assassinaram a mais de três milhões de iraquianos são cinco milhões de órfãos um milhão de viúvas assassinaram a infraestrutura pontes escolas, hospitais condutos de água assassinaram a memória milenar a alegria lunar do iraquiano solar pilharam a vida tudo porque sabem que o lucro vale o genocídio o lucro vale tudo é por isso que amo o prejuízo que amo a falta de juízo que amo o regozijo que amo a vida que se inventa no vult...
“O fato de Balzac ter sido forçado a ir contra as próprias simpatias de classe e os seus preconceitos políticos, o fato de ter visto o fim inelutável de seus tão estimados aristocratas e de os ter descrito como não merecendo melhor sorte e o fato ainda de ter visto os verdadeiros homens do futuro no único sítio onde, na época, podiam ser encontrados, tudo isso eu considero como um dos maiores triunfos do realismo e uma das características mais notáveis de Balzac”. Friedrich Engels, 1888