Dia das mulheres porque o dia das mulheres esqueceu sua não origem vertigem fuligem fabril febril incriminadora diante da patronal massacre opressora diante da greve feminil liberadora o dia das mulheres doura iludido seduzido convencido rendido na pílula do orgasmo envenenadora de cinismo de hipocrisia de demagogia de machos que o exaltando agouram exemplo cabal de que o patriarcado monumental vindoura sensacional coordenando fatal a moura parede no horizonte das mulheradas peladas regaladas na paisagem do capital frontal onde a linha do mar com o infinito não se encontra indefinida e faz-se falo na fala do entalo do boquete do fogão na concha do carro a combustão de Édipo Na Esfinge Do Dinheiro O Dólar Esconde As Dores Das Dolores No Jogo De Máscaras Em Que Pouco Importa Se No Rosto Das Flores na Digital do Lucro Escrotal Se esboce Uma Patroa Ou Um Patrão Pois...
“O fato de Balzac ter sido forçado a ir contra as próprias simpatias de classe e os seus preconceitos políticos, o fato de ter visto o fim inelutável de seus tão estimados aristocratas e de os ter descrito como não merecendo melhor sorte e o fato ainda de ter visto os verdadeiros homens do futuro no único sítio onde, na época, podiam ser encontrados, tudo isso eu considero como um dos maiores triunfos do realismo e uma das características mais notáveis de Balzac”. Friedrich Engels, 1888