revolução sim à vida sem cordeiro de deus que tirais o pecado do mundo sim à vida pecaminosa vertiginosa que semeia pecados imundos sim, à vida nua, despossuída, de qualquer r´um ou uma puma nunca retida ou vendida ou convencida ou convertida pluma sim à vida vestida de travestida em vias de algaravias fora das babélicas sesmarias das poses das posses divididas romarias sim ao amor vil inverossímil não servil sem objeto sem sujeito sem peido mercantil sim ao destino solto revolto sutil fora do covil seja peitoril fértil débil febril nem juvenil e nem senil fora do que se vê ou se viu sim à vida estéril abril o mais azul dos meses ardil fora do pentágono do catálogo do monólogo hamletiano de ser ou não ser prussiano ou americano sim à vida fora dos monopólios interpretativos especulativos econômicos monogâmicos simbólicos educativos sim aos vendavais fluviais plurais sem rosto sem posto sem custo ou encosto ...
“O fato de Balzac ter sido forçado a ir contra as próprias simpatias de classe e os seus preconceitos políticos, o fato de ter visto o fim inelutável de seus tão estimados aristocratas e de os ter descrito como não merecendo melhor sorte e o fato ainda de ter visto os verdadeiros homens do futuro no único sítio onde, na época, podiam ser encontrados, tudo isso eu considero como um dos maiores triunfos do realismo e uma das características mais notáveis de Balzac”. Friedrich Engels, 1888