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revolução

revolução

sim
à vida
sem cordeiro de deus
que tirais o pecado do mundo
sim
à vida
pecaminosa
vertiginosa
que semeia pecados imundos
sim,
à vida nua,
despossuída,
de qualquer r´um
ou uma
puma
nunca retida
ou vendida
ou convencida
ou convertida
pluma
sim
à vida
vestida de travestida
em vias de algaravias
fora das babélicas sesmarias
das poses das posses
divididas romarias
sim
ao amor
vil
inverossímil
não servil
sem objeto
sem sujeito
sem peido mercantil
sim
ao destino solto
revolto
sutil
fora do
covil
seja
peitoril
fértil
débil
febril
nem juvenil e nem senil
fora do que se vê ou se viu
sim
à vida
estéril
abril
o mais azul dos meses
ardil
fora
do pentágono
do catálogo
do monólogo
hamletiano
de ser ou não ser
prussiano ou americano
sim
à vida
fora dos monopólios
interpretativos
especulativos
econômicos
monogâmicos
simbólicos
educativos
sim
aos vendavais
fluviais
plurais
sem rosto
sem posto
sem custo
ou encosto
sim
ao fora
da austeridade
de ser o que temos sido
sim
ao o que não temos sido
nem sentido
nem tido
nem vivido
nem crido
nem contido
sim
à coragem que nos
cantaremos
louvaremos
faremos
pensaremos
alegraremos
bendiremos
cuidaremos
cobrando impostos
sim e daí?
aos capitalistas
aos realistas
aos sensatos
aos legalistas
aos rigorosos
aos sérios
aos hipócritas
aos presunçosos
aos burocratas
aos moralistas
a todos enfim
que dizem
muito embora
não é hora
agora
agoura
porque não é possível
não vai dar certo
não é factível o matriarcado de pindorama
onde,
sem cadeia
imperialismo
colonialismo
prostituição
exploração
psicologização
subjetivação
malogro
os
saberes
viveres
teres
quereres
seres
universais
fora dos sais
salivais
dos mais gozais
dos
rituais
mananciais
cerimoniais
batismais
dos que dizem
sim
à experimentação
à imaginação
à fornicação
à ação
à revolução
fora das metafísicas
dos sistemas de revés
que convém
ao vicioso convés
do círculo do avesso
do índice do invés
entre
o negro e o branco
o pobre e o rico
o oprimido e o opressor
o aqui e o lá
sim
à vida
livre
no tempo
fora dos veredictos das verdades
livre
no espaço
fora dos muros das propriedades
livre
no acontecimento
fora das notórias previsibilidades
livre
do trampolim do outro
como
limite
idealidade
negação
confirmação,
desejo
tentação

sim
à vida
nas asas incríveis
do
emporcalhado
inclassificável
ingovernável
avacalhado
sem
Zeus ou Deus
povo

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dinheiro antes era pão e circo e o cacete como pão que bate na arte de matar, cão que late, no bode expiatório, a guilhotina no pescoço da soberana plebeica praça hoje é urânio empobrecido fósforo branco e círculo midiático onde tudo é arte que arde, ardil funil fuzil de ícones de artilharias nas edições de armas satelitais contra a praça súdita garras amarras virtuais na Terra carcerária, pois agora a ágora é o planeta campo de concentração planeta palestina, território sem povo e povo sem território, onde bomba é tudo, em tempo irreal, supõe-se, supositório de lunáticas radioativas partículas de envoltórios zumbíticos vivos incendiados incendiários, planeta guilhotinado, enforcado,desmembrado, sacrificiado nos vários seres mortuários, viciados, por plutônicas ontológicas cosmológicas inspeções galácticas de drones drops fotoativos, putativos, objetos mostruários no dentifrício no corpo cabeça sexo estomagado esmagado emparedado avacalhado suicid
no outro lado do front vi a refração das alfabetizadas ciências deus meu vi o engenho e a arte longe dos barões bufônicos das prosódias divinizadas das seis entidades orquestradas como mísseis de calar dos modernos tempos antigos vi o inglês, o alemão, o francês, o italiano, o espanhol, o português vi ideologia humanista nas seis pirâmides escriturais nas bocas dos sacerdotes dos monastérios os latins ministeriais das sagradas letras dos poemas nos boquetes dos iniciados em palácios de elmos lambendo as glandes das poses das correções ortográficas engolindo as porras das sintaxes na ordem das concordâncias nominais engravidados pela garganta profunda dos espectros verbais vi o monumento à barbárie dos hexagramas das teogonias ocidentais vi a bíblia das traduções imperiais na patrística das metafísicas nas pontas do ceu da boca nas palavras dos seres angelicais vi no outro lado do front as girias dos analfabetos poemando os cristais nos banhos ilimitados dos mananciais despoluindo-se da

LUTO

o mundo observa as Reich telas de televisão computação sensação estilização rostificação enquanto Israel se torna cada vez mais o principal anti-semita de si de nós mesmos infernizando irradiando dizimando atomicamente o judaico povo atual: o palestino, tão ao vau como o hebraico povo haitiano somaliano líbio sírio pois todo povo sendo diferente, é igual no laboratório da holocáustica Faixa de Gaza A câmara de gás Do faraó sionismo Impõe o milenar êxodo aos judeus palestinos Sob a proteção do nazismo Europeu Estadunidense Oligárquico Enquanto observamos as telas da enganação danação violação manipulação reificação O Hitler Benjamin Netanyahu Mandará matar esta menina Palestina-antes-judaica Yasmin, 6 anos vejam de fora do seu soss-ego pois já mandou matar olhem (de dentro da outrora homo sacer abandonada escravizada hebraica vida nua) sua mãe, Yolanda, calcinada assassinada por fósforo branco olhem lançado