UTOPIA
no nada do nada deste nada, o rico é nuvem de nadas e tem nadadeiras de ventanias a compor o concerto das formas de vozes, de caras, de risos, de trapaças, de gestos e de requintes de andar e de falar, de vestir e de fingir , suas poliglotas ilhotas, de modos de ficar em si, em volta das revoltas soltas, as que trazem e comprazem e refazem a memória viva da nave louca de haver ovo, de haver polvo, de existir planetas, estrelas, asteróides, cometas, lunetas, sonetos, rãs, peixes, cobras, pássaros, matas, morte, norte, e a menina agora que agoura o rico como inversão de seu platonismo de cinismo, com seus sonhos africanos de tribos, de festas, pois sua religiosidade de antigas novidades, de totens sem tabus, em metamorfoses de bichogentes ou de fitogentes ou de orelhas que olham, de olhos que provam, de músicas que riem, ou de abraços que, sendo na mãe, já é no pai, que já é na árvore, que já é no primeiro último antepassado javalítico, na nítida lítica pedra paleoneolítica, a menina africana é o cosmo todo em relação à pequenez, à ilhez do rico, e com seu sonho primitivo, não punitivo, tecido de insuperáveis recursos de infinitivos plásticos desdobramentos afetivos, de ser e de estar, de acontecer e de amar, de tecer e de louvar, de nascer e de, como asas, voar nos sonhos do olhar através das janelas dos seus dois leques de cílios, a pestanejar e a adejar e a viajar, um pagem, ela é o eterno retorno mineral, almal e corporal da página visceral do sideral único e disperso e manifesto sagrado profano encontro do diverso , sendo o segredo da episteme de existir e de resistir e de sentir, ela é texto da textura da multiplicação da ação cristã dos peixes e dos pães, e seu mundo é o milagre de haver o rico, que é o pesadelo, o desvio de rumo, do sonho de mares e de rios de peixes, ou de alquímicos fornos de massas de pães, dentro dos úteros das mães de viver outras fortunas, afetivas luxúrias, sufocando-as e enforcando-as e afogando-as, o rico, com suas usinas de ilhas, pois o rico é o mais emparedado dos entes, o mais prisioneiro dos presos deste planeta, o mais miserável entre os miseráveis, nele o filete do bilhete das nascentes dos esgotos de morrer e de matar destila o veneno da solidão, da podridão, da auto-ilusão, do império nefasto da razão da desrazão, sendo a extensão existencial de haver finito, de haver morte, de haver angústia nos olhos do tempo e depressão no coração de toda emoção, por isso que, no tudo do tudo deste tudo, o pobre, estrela em si o brilho que corisca da exuberância, da extravagância, do exibicionismo, do desperdício, do rico, e, sendo o rico naquilo em que o rico é miseravelmente pobre, o pobre reflete no espelho dos sonhos, não o existir cínico exclusivista, dos poucos, no rico, mas a força utópica do que, para o rico, é impossível: o afeto das carências que o pobre traz em si é a fome de um gozo solidário de um sexo fabulário num amor imaginário em que a alegria deste corporário, o encontrário, é o almário delírio de um mundo em que cada qual é mais qual quanto mais vau , quanto mais ao leu, quanto mais por aí, fora de si, podendo ouvir, olhar, degustar, pensar, trepar, tocar, sorrir, saudar, banquetear, relacionar, e aparecer como essência floral, mineral, animal, ao infinito, agora sem o rico e sem o pobre, num outro lugar e num outro tempo, nestes outros moleculares, celulares, incrustados nos olhares dos altares, a inventar-se louvores de árvores e de amores, de lares abertos por horizontais cachoeiras de zoeiras.
no nada do nada deste nada, o rico é nuvem de nadas e tem nadadeiras de ventanias a compor o concerto das formas de vozes, de caras, de risos, de trapaças, de gestos e de requintes de andar e de falar, de vestir e de fingir , suas poliglotas ilhotas, de modos de ficar em si, em volta das revoltas soltas, as que trazem e comprazem e refazem a memória viva da nave louca de haver ovo, de haver polvo, de existir planetas, estrelas, asteróides, cometas, lunetas, sonetos, rãs, peixes, cobras, pássaros, matas, morte, norte, e a menina agora que agoura o rico como inversão de seu platonismo de cinismo, com seus sonhos africanos de tribos, de festas, pois sua religiosidade de antigas novidades, de totens sem tabus, em metamorfoses de bichogentes ou de fitogentes ou de orelhas que olham, de olhos que provam, de músicas que riem, ou de abraços que, sendo na mãe, já é no pai, que já é na árvore, que já é no primeiro último antepassado javalítico, na nítida lítica pedra paleoneolítica, a menina africana é o cosmo todo em relação à pequenez, à ilhez do rico, e com seu sonho primitivo, não punitivo, tecido de insuperáveis recursos de infinitivos plásticos desdobramentos afetivos, de ser e de estar, de acontecer e de amar, de tecer e de louvar, de nascer e de, como asas, voar nos sonhos do olhar através das janelas dos seus dois leques de cílios, a pestanejar e a adejar e a viajar, um pagem, ela é o eterno retorno mineral, almal e corporal da página visceral do sideral único e disperso e manifesto sagrado profano encontro do diverso , sendo o segredo da episteme de existir e de resistir e de sentir, ela é texto da textura da multiplicação da ação cristã dos peixes e dos pães, e seu mundo é o milagre de haver o rico, que é o pesadelo, o desvio de rumo, do sonho de mares e de rios de peixes, ou de alquímicos fornos de massas de pães, dentro dos úteros das mães de viver outras fortunas, afetivas luxúrias, sufocando-as e enforcando-as e afogando-as, o rico, com suas usinas de ilhas, pois o rico é o mais emparedado dos entes, o mais prisioneiro dos presos deste planeta, o mais miserável entre os miseráveis, nele o filete do bilhete das nascentes dos esgotos de morrer e de matar destila o veneno da solidão, da podridão, da auto-ilusão, do império nefasto da razão da desrazão, sendo a extensão existencial de haver finito, de haver morte, de haver angústia nos olhos do tempo e depressão no coração de toda emoção, por isso que, no tudo do tudo deste tudo, o pobre, estrela em si o brilho que corisca da exuberância, da extravagância, do exibicionismo, do desperdício, do rico, e, sendo o rico naquilo em que o rico é miseravelmente pobre, o pobre reflete no espelho dos sonhos, não o existir cínico exclusivista, dos poucos, no rico, mas a força utópica do que, para o rico, é impossível: o afeto das carências que o pobre traz em si é a fome de um gozo solidário de um sexo fabulário num amor imaginário em que a alegria deste corporário, o encontrário, é o almário delírio de um mundo em que cada qual é mais qual quanto mais vau , quanto mais ao leu, quanto mais por aí, fora de si, podendo ouvir, olhar, degustar, pensar, trepar, tocar, sorrir, saudar, banquetear, relacionar, e aparecer como essência floral, mineral, animal, ao infinito, agora sem o rico e sem o pobre, num outro lugar e num outro tempo, nestes outros moleculares, celulares, incrustados nos olhares dos altares, a inventar-se louvores de árvores e de amores, de lares abertos por horizontais cachoeiras de zoeiras.
Comentários
Xô pra dicotomia!
19 de Agosto de 2007 19:30