talvez fosse em algum lugar remoto, talvez não. agora era pra dizer que seu logos espermatikos, agostiniano, possibilitava falar babelmente. E já não era uma fala de sentenças, sintagmas congelados, vozes audíveis, inteligíveis. Era o sentido dos sentidos, singular pluralizado. A proposição de que cada palavra instaura a loucura de seu fragmento e de sua totalidade, como corpo, como se fizesse a imagem-corpo do corpo de si, de sua fala falante de flores espinhos do mundo. alguma palavra muda falante que dissesse de si, e de todas as coisas possíveis e impossíveis. palavra implosão, explodindo na ponta da língua de sua sonoridade gutural, saída do vazio da voz, no lugar onde o nome próprio já não é, de tanto ser e não ser. um nome próprio impróprio que fosse a encarnação de todos os nomes próprios impróprios existentes, existidos, por existir. um passado, presente, futuro, no em si de seu não si. palavra cursiva no curso urso de seu uso só, pescando peixes nos frios rios precipitad...
“O fato de Balzac ter sido forçado a ir contra as próprias simpatias de classe e os seus preconceitos políticos, o fato de ter visto o fim inelutável de seus tão estimados aristocratas e de os ter descrito como não merecendo melhor sorte e o fato ainda de ter visto os verdadeiros homens do futuro no único sítio onde, na época, podiam ser encontrados, tudo isso eu considero como um dos maiores triunfos do realismo e uma das características mais notáveis de Balzac”. Friedrich Engels, 1888