minha saúde é o desespero
de saber que a vida é agora
e que não tem outra hora,
além desta aqui lá fora
meu desespero é minha saúde
de ver tudo tão perto
mulheres, mulheres e mulheres
além de mulheres
no Matriarcado de Pindorama
e ter que conviver
com o princípio de realidade
a fome, a repressão, a autoridade
não e não e não
nesse turbocotidiano
de dínamos castrados
de tédio
de futurismos motorizados
de ódio
de design arrojados
das posses
de nosso ócio
de não realizar
o divórcio
do opressor
com o repressor
com o agressor
com o sucessor
agredido no grito
calado, ignorado
do oprimido
no reprimido
no ofendido
em todos os
trezentos e cinqüenta
eu sou trezentos
esquisitos
esquecidos
nos becos
dos pesadelos
dos ricos
meu desespero é meu mal
de viver com o normal
que sanguessuga
a energia de meu pau
através dessa incrível
solidariedade,
insuportável
fidelidade,
entre as mulheres
contra as mulheres
a favor de nomes
que distribuem fomes
nas bocas auditivas
desses olfatos tatuados
de visões degustativas
das bocas-meninas
prostituídas
idas e vindas
de abdômens
no mercado de
homens
meu desespero
este que aqui não escrevo
presente nessas ausências
de lonjuras
de aberturas
de formosuras
de loucuras
de solturas
é o furacão
(vulnerável
impossível
terrível
fatal
letal)
de minhas minas:
salvação
de saber que a vida é agora
e que não tem outra hora,
além desta aqui lá fora
meu desespero é minha saúde
de ver tudo tão perto
mulheres, mulheres e mulheres
além de mulheres
no Matriarcado de Pindorama
e ter que conviver
com o princípio de realidade
a fome, a repressão, a autoridade
não e não e não
nesse turbocotidiano
de dínamos castrados
de tédio
de futurismos motorizados
de ódio
de design arrojados
das posses
de nosso ócio
de não realizar
o divórcio
do opressor
com o repressor
com o agressor
com o sucessor
agredido no grito
calado, ignorado
do oprimido
no reprimido
no ofendido
em todos os
trezentos e cinqüenta
eu sou trezentos
esquisitos
esquecidos
nos becos
dos pesadelos
dos ricos
meu desespero é meu mal
de viver com o normal
que sanguessuga
a energia de meu pau
através dessa incrível
solidariedade,
insuportável
fidelidade,
entre as mulheres
contra as mulheres
a favor de nomes
que distribuem fomes
nas bocas auditivas
desses olfatos tatuados
de visões degustativas
das bocas-meninas
prostituídas
idas e vindas
de abdômens
no mercado de
homens
meu desespero
este que aqui não escrevo
presente nessas ausências
de lonjuras
de aberturas
de formosuras
de loucuras
de solturas
é o furacão
(vulnerável
impossível
terrível
fatal
letal)
de minhas minas:
salvação
Comentários
Mas a gente tem q contrariá-los, sim! E fingir q a gente eh mais doido q eles!!!!!!!!
Eu venho msm s/ vc convidar, eh q vc ñ posta cotidianamente.
Mas gosto mt dos convites e eles serão sempre aceitos!
Abração!
Eu (s)em ação.
Bjs,
Karina.
Jacinta Dantas
vive-se como se a eternidade estivesse para todos, ao alcance das mão... também é incrivel como as amarras são fortes, principalmente quando atam o desejo e se alimentam da libido, do tesão, realmente nos esvaziam! ou tentam, pois sempre resta alguma coisa, pequenina, mas nela nos agarramos e seguimos...
Um forte abraço
re
de sonhar com o impossível!
lol
foi bom vim aqui, agradeço a visita
e o convite, me tornarei assídua daqui.
:)
ah amei o nome do blog.
flores um sorriso e um beijo.
Jacinta Dantas
Muito obrigada pela visita!
Beijos
de saber que a vida é agora
e que não tem outra hora,
além desta aqui lá fora" (LUÍS, 2007).
Nada vive gratuito nos percursos e permanências que experimentam os seres que se estendem "Do átomo — à estrela... do verme — à [floresta!..." (ALVES, 1876), no morrer de cada tarde.
Todo dia o sol levanta, e a gente lê de repente: "Lamenta-se a repentina partida, neste dia 09/12, do sr. Benízio Humberto Muniz. Deixa filhos e filhas, netos e netas".
Ou, como o viu Arnaldo Antunes, "Já passou".
Grato, Luís.
Vale o intento. Se um lírio florescer num deserto distante e homem algum o vir, mesmo assim assim ele terá existido para a glória daquele que o criou e o plantou ali.
Vale! Seu texto, Luís de la Mancha.