No olhar-olho de suas digitais,
ao acaso,
na nuvem de chão de poros, o som de sua pele,
intuo
Em bílis-banho de um pensamento, o gesto de palavra alada,
o oxigênio de seus passos leves, levitantes, no instante,
sorvo
a informe forma ventilada de sua nuvem,
em céu,
a delicadeza fulminante do instante de seu tato,
em ato,
tateando o último-primeiro relance inteiro de seu cheiro
o sonho de suas mãos de enleio,
incendeio
o afeto de sua soltura de afetos
na ação musical de sua dança de pinturas
o erro fúlgido de seu acerto
risco
o cisco de espectro colorido, de luz espectral, sua pupila de sangue,
a artéria--vicinal do invisível visível de sua alegria alegre,
banqueteio
os cabelos crespos de seus lábios,
anarquofelizes, com o fim de todo fim,
e o nascimento de todo renascimento,
o agora oblíquo de sua voz,
vivo
a umidade palpatória do pulso de nosso impulso,
Não conheço não,
só simplesmente só
afago ausente presença
aragem viagem ramagem
penugem do ar
ar de seu olhar
voando no espinho,
a flor
brinca com a dor,
o calor
o amor.
e o clamor
de um buraco-negro de noite solar
no rio de seu cio e no bico do mio de seu seio
o pio da coruja de agouro
no ouro de uma manhã
os raios púbicos da dissonância,
sua xoxota,
sou Orfeu e canto no inferno.
ao acaso,
na nuvem de chão de poros, o som de sua pele,
intuo
Em bílis-banho de um pensamento, o gesto de palavra alada,
o oxigênio de seus passos leves, levitantes, no instante,
sorvo
a informe forma ventilada de sua nuvem,
em céu,
a delicadeza fulminante do instante de seu tato,
em ato,
tateando o último-primeiro relance inteiro de seu cheiro
o sonho de suas mãos de enleio,
incendeio
o afeto de sua soltura de afetos
na ação musical de sua dança de pinturas
o erro fúlgido de seu acerto
risco
o cisco de espectro colorido, de luz espectral, sua pupila de sangue,
a artéria--vicinal do invisível visível de sua alegria alegre,
banqueteio
os cabelos crespos de seus lábios,
anarquofelizes, com o fim de todo fim,
e o nascimento de todo renascimento,
o agora oblíquo de sua voz,
vivo
a umidade palpatória do pulso de nosso impulso,
Não conheço não,
só simplesmente só
afago ausente presença
aragem viagem ramagem
penugem do ar
ar de seu olhar
voando no espinho,
a flor
brinca com a dor,
o calor
o amor.
e o clamor
de um buraco-negro de noite solar
no rio de seu cio e no bico do mio de seu seio
o pio da coruja de agouro
no ouro de uma manhã
os raios púbicos da dissonância,
sua xoxota,
sou Orfeu e canto no inferno.
Comentários
nessa elegia à beleza.
Abraços,
JEN
un abrazo
Paty. Difusa
Será que a representação de uma coisa consiste num investimento, se não de imagens mnésicas diretas desse referente, pelo menos de traços mnésicos mais afastados, derivados desse obeto obscuro do desejo? A representação de palavra seria introduzida numa construção que associa a verbalização e a tomada de consciência? Isso é só pra lembrar Freud e xonga da escritura, de Derrida.
Falar nisso, ao poema! Uma poesia que em suas palavras-versos, numa estrofe única, criasse efeitos de estranheza, corroborando a tentativa de revestir a palavra, de simbolizá-la, de figurá-la espelharia essa coisa na mão ou a mão nessa coisa?
Pô, XOXATO? Phode ser, mas me amarrei no poema.
Vale, Louis de la Mancha.
Um grande abraço.
é de ler e reler
é para se "mastigar",
como aquele vinho que se bebe mastigando de tão bom que é!
beijinho
Feliz semana.
Beijos
saludos
"Pára!", como se não fôssemos dar conta de tudo que ele provoca. A beleza violenta a gente, às vezes. Seus versos acabam de me violentar.
Obrigada, luís!
Abraços,
Nayara Lima
Beijos
http://sex-appeal.zip.net
http://cara-nova.zip.net
Abração, Luis!!!
Um abraço
Jacinta
beijos
Mais uma vez, lindas as suas palavras.
Mais uma vez, obrigada.
Abraços,
Nayara Lima