gira nos sóis
da lua cheia
os lençóis
de seu abraço
de nudez
de cheiros,
de boca
de lábios
de digitais de encontros
da assinatura de seu segredo
de cabelos
de maquilagem
de perfume
de umidade vaginal
do mesmo outro sumo
de sua língua
a vulva de sua uva
é vinho de musa
que me abusa
de lamber
de sua fala
de seu olhar
de sua bunda
de sua rotunda
vontade de retumbar
os tambores
de seu pulso
de seu impulso
de seu fluxo
de seu refluxo
de vento
que uiva
o impossível
o silvo
do inverossímil
no sangue
de sua incrível
milagrosa
e
pecaminosa
presença
religiosa
de populismo
de fundamentalismo
de terrorismo
porque amar você
é entender os motivos dos ismos
do ímã de todo grito
da força de todo agito
da luta em todo rito
da agonia dos aflitos
esses que,
no desespero
e
na lascívia
são o espírito
a vagar
divagando
no despenhadeiro
cantando
de outros
canteiros
adubando
ninhos
de bandos
nos recantos
de todos os
encantos
de sementes
dos óvulos
de semens
tão aqui,
no encontro
dessas viagens
de nossas paragens
postagens
sondagens
de selos
de tê-los
os apertos
de nossas
sacanagens
perto
parto
farto
da fome
da dor
do desamparo
do genocídio
da posse
de pobres
asiáticos
latinos
negros
mulheres
gays
e
de índios
e
de libertários
princípios
no precipício
do veneno
da revolta
do ódio
a tudo que é divórcio
do individual
com o coletivo
do local
com o global
do cultural
com o natural
do imanente
com o transcendente
de nós
com o retrós
veloz
do mágico de oz
da chave
da porta
da horta
da torta
repartida
da vinda/inda
de nossa
metida:
tida
como
linda
da lua cheia
os lençóis
de seu abraço
de nudez
de cheiros,
de boca
de lábios
de digitais de encontros
da assinatura de seu segredo
de cabelos
de maquilagem
de perfume
de umidade vaginal
do mesmo outro sumo
de sua língua
a vulva de sua uva
é vinho de musa
que me abusa
de lamber
de sua fala
de seu olhar
de sua bunda
de sua rotunda
vontade de retumbar
os tambores
de seu pulso
de seu impulso
de seu fluxo
de seu refluxo
de vento
que uiva
o impossível
o silvo
do inverossímil
no sangue
de sua incrível
milagrosa
e
pecaminosa
presença
religiosa
de populismo
de fundamentalismo
de terrorismo
porque amar você
é entender os motivos dos ismos
do ímã de todo grito
da força de todo agito
da luta em todo rito
da agonia dos aflitos
esses que,
no desespero
e
na lascívia
são o espírito
a vagar
divagando
no despenhadeiro
cantando
de outros
canteiros
adubando
ninhos
de bandos
nos recantos
de todos os
encantos
de sementes
dos óvulos
de semens
tão aqui,
no encontro
dessas viagens
de nossas paragens
postagens
sondagens
de selos
de tê-los
os apertos
de nossas
sacanagens
perto
parto
farto
da fome
da dor
do desamparo
do genocídio
da posse
de pobres
asiáticos
latinos
negros
mulheres
gays
e
de índios
e
de libertários
princípios
no precipício
do veneno
da revolta
do ódio
a tudo que é divórcio
do individual
com o coletivo
do local
com o global
do cultural
com o natural
do imanente
com o transcendente
de nós
com o retrós
veloz
do mágico de oz
da chave
da porta
da horta
da torta
repartida
da vinda/inda
de nossa
metida:
tida
como
linda
Comentários
Van Gogh pegou sua cor
a imortalizou como um louco que foi
e te alucinou te incendiou te empurrou pro abismo da poesia do louco amarelo, não precisa cortar a orelha, beba o vinho da tua musa
Passa lá, e dá uma olhadinha.
Beijinhos,
Raíssa.
Como sempre, seus textos me fazem admiradora de seu trabalho.
Um abraço
Letícia
E sobre suas visitas, é sempre uma honra. Meus textos ora são panteístas, ora marginais. Mas são escritos sem pretensões divinas. Sou mortal e amo aquilo que me faz viva.
Até breve.
teu poema
persegue a musa
da vulva,
cheirosa
de uva...
Lembrou-me uma demoiselle cubista,
nesses fragmentos que formam o mosaicode uma fêmea, sedutora e selvagem.
Parabéns!
Abraçamigo e
grato pela visita.
A sonoridade do seu poema é uma coisa impressionante. Muito bem arquitetado, adorei!
Outros
Gostei imenso.
Abraço.
Agradeço sempre a sua visita.
Bjs...
Letícia
Bjo,
Luci:)))
e a compostura!
Impressionante o que você inventa com as palavras. Elas rodopiam aos meus olhos e cantam aos meus ouvidos. Um belo poema.Parabéns!
Obrigada por passar "lá em casa", foi bom te ver.
Abraço
Às vezes também o pratico.
Um abraço
Parabéns pelo livro.
Estarei lançando o meu também na Aliança Francesa, possivelmente no dia 25 de abril (19hs).
Vou deixar um convite no meu blog.
Abraços,
Jorge Elias
Luis, não consigo falar em guerra no Tibet. Guerra é quando as duas partes consentem, é o caso do Iraque. Não basta ter o opressor e o oprimido, daí que entra a "comunidade mundial" que tanto te preocupou. Podemos conversar sobre isso. Beijus
Hj dei dica d dois sites q gente q gosta d ler e gente q gosta d escrever deve gostar, depois confere lah, talvz t sirva.
Bj!
esse poema cheio de curvas, vai se desnudando e fazem meus sentidos todos, inclusive o sexto, a acompanhar o movimento e a melodia que vêm de seus versos, de uma, de duas, de três... palavras, que falam por si e se complemetam em todas.
E fico sem fôlego também para comentar.
Um abraço
Jacinta
Beijinhos e até breve
;O)
Li que vc vai lançar outro livro. Como não moro na "mesma terra" que vc, como faço pra comprar essa grande obra? Vi que será na sede da Adufe. Tem ligação com todas as universidades? Se tiver, me avisa. Gostaria demais de ler seu livro.
Bjs e pode me chamar de amiga sim.
Até breve.
E toda a sorte com o novo livro. Se fosse no teatro, eu diria "Break your leg". :)
Letícia Palmeira
sempre rodopio por aqui, quando te leio. Sempre.
Recebi seu recado de preocupação. Te mandei resposta em email. Recebeu? Enfim, como você queria, há novidades pela minha página
Grande abraço de
Nayara Lima
Me senti naqueles trens antigos, em viagem pelas madrugadas! Faltava fôlego! Líndíssimo.
Abraços!
volte sempre ao Cinco Espinhos ;)
beijos
Sempre por aqui, mestre!
Um grande abraço...
Germano
Aparece...
"[...]
da porta
da horta
da torta
repartida
da vinda/inda
de nossa
metida:
tida
como
linda" (LUÍS, 2008). Tais palavras-chaves penetram a noite, abrem as comportas dos sonhos e libertam os ocos do desejo. Me amarrei no poema, Le Padre.
Linda!!
Beijos
http://sex-appeal.zip.net