elas sempre retornam, sim, elas retornam, de todos os becos, elas retornam, e quanto mais as matamos, mais elas retornam, eles todos, não como zumbis, não como fantasmas, entidades de outro mundo, sustos da representação e do pesadelo, elas e eles retornam como coisa, como antes de toda palavra, como lavra, larval, diabolismo divino, elas e eles retornam como praga, peste, fome, verme, cadáver, lixo, bosta, solidão, engano, atraso, parasitas, vírus, bactérias, como caricaturas de nós mesmos, nosso avesso, nosso viés, nosso verso, elas e eles sempre retornam, como reprimidos desreprimidos, como maria, como joão, como joaquim, como injustiça da injustiça da injustiça, elas e eles sempre retornam, como operários, sociologia, marxismo, luta de classes, revolução, utopia, felicidade, liberdade, gozo democrático, sujeito sem objeto, elas e eles sempre retornam, como objeto de objeto de objeto, como mulher de malandro, como piranha de machistas, como carne viva de primeira, de segunda, de terceira, de quarta, nas esquinas escuras das cidades, como putas, amantes, silicones nas bundas de corpos masculinos, travestis, como homem em corpo de mulher e mulher em corpo de homem, elas e eles sempre retornam, como alienado, como perdido, como analfabeto, como tuberculose, como paralisia infantil, elas e eles sempre retornam, como idiotas, como massificados, como teleguiados, como retardados dos vídeos, como virtualidades publicitárias, como puxa-sacos, como platéia amorfa, elas e eles sempre retornam, como desertos, como extinção, como calor, tempestades, transbordamentos, furacões, terremotos, genocídios, desmoronamentos, elas e eles sempre retornam, como fanáticos, como fundamentalistas, como justiceiros, como kamikases como ódio milenar, como guerra de civilizações, como terrorista, chantagista, seqüestrador, estuprador, covarde, monstro, psicopata, neurótico, deprimido, melancólico, paranóico, esquizofrênico, pilantra, cafajeste, desumanidade, ladrão, elas e eles sempre retornam, como orfandade, como exílio, como emigrante, como imigrante, como migrante, náufrago, despatriado, nômade, guerreiro indígena, deus, deusas, mitos, elas e eles sempre retornam, como parricida, matricida, bárbaro, elas e eles sempre retornam, como esperança, como delicadeza, como fraqueza, vulnerabilidade, disponibilidade, solidariedade, bondade, mistério, presentes, como convites gratuitos pra festa dos feitiços dos sonhos.
entoar: amar quixotescas armaduras, de cavalharescas andaduras, de ondas de lábios ávidos de mar, celas cósmicas, de lânguidas mangas éticas, pitangas de árvores de flores de copas, de frondes continentais de amores, sem ilhas de tédios de horrores, ou gols de tiros de mortes, de chutar chuvas de balas de alas, de narcísicos consumos de humos, doces idólatras idiotas, a chupar, a saliva de acusar, pra roubar e pra matar, quando o que é torta, quando a porta da janela que importa, é a de criar o atar as traves aves de retângulo de céus de paraísos de relâmpagos, de infernais mananciais, de invernais verões de rebeliões, por comemorar a cerimônia de vôos de chamas de larvas, de celestiais terrenais viscerais, a festejar pilhas de elétricas usinas, de vitais vitrais campos, sem rivais, a coletivizar os subterrâneos lençóis de águas de sóis, de sedes de redes de girassóis, abertos horizontes cobertos por suores de louvores, nos corpos a corpos, brindes de convites, a desarmar as armas ...
Comentários
Será inevitável!!!
Boa tarde de domingo.
Beijinhos.
Assim Falou Zaratustra.
Olá!
Cheguei a este blogue através de outros que costumo visitar e neles postar comentários. Cheguei, vi e… gostei. Está bem feito, está comunicativo, está agradável, está bonito – e está bem escrito. Esta é uma deformação profissional de um jornalista e dizem que escritor a caminho dos 67…, mas que continua bem-disposto, alegre, piadista, gozão, e – vivo.
Só uma anotaçãozinha: Durante 16 anos trabalhei no Diário de Notícias, o mais importante de Portugal, onde cheguei a Chefe da Redacção – sem motivo justificativo… pelo menos que eu desse com isso… E acabo de publicar – vejam lá para o que me deu a «provecta» idade… - o me(a)u primeiro livro de ficção «Morte na Picada», contos da guerra colonial em Angola (1966/68) em que bem contra vontade, infelizmente participei como oficial miliciano.
Muito prazer me darás se quiseres visitar o meu blogue e nele deixar comentários. E enviar-me colaboração. Basta um imeile / imilio (criações minhas e preciosas…) e já está. E se o quiseres divulgar a Amiga(o)s, ainda melhor. Tanto o blogue, como o imeile, tá? Muito obrigado
www.travessadoferreira.blogspot.com
ferreihenrique@gmail.com
Estou a implementar e desenvolver o projecto que tenho para o meu www.travessadoferreira.blogspot.com e que é conferir ao meu/vosso/NOSSO blogue a característica de PONTO DE ENCONTRO entre os Países fraternalmente ligados – Portugal e Brasil. No que estou, pela minha parte, a desenvolver todas as diligências que, naturalmente, me forem possíveis.
E, naturalmente também, para poder enviar-te «coisas» que ache interessantes. Se, porém, não as quiseres, diz-me que eu paro logo. Sou muito bem-mandado (a minha mulher que o diga…) e muito obediente (cf. parênteses anterior).
Já solicitei a colaboração da Embaixada de Portugal em Brasília, que tem à frente dela um diplomata fora de série, o meu querido Amigo, Dr. Francisco Seixas da Costa e na qual se integram mis dois bons Amigos de longos nos: o Adriano Jordão e o Carlos Fino. Seixas da Costa criou um blogue magnífico Embaixada de Portugal no Brasil, www.embaixada-portugal-brasil.blogspot.com, que vos recomendo vivamente visitar. Tem tudo sobre as relações entre as duas Nações. E já fiz o mesmo aqui em Lisboa. Espero receber resposta da Embaixada brasileira.
Este é um desejo que já ultrapassa a simples intenção. Felizmente, neste momento possui muitos comparticipantes – como desejo que seja o teu caso. Mas, com o empenhamento, a ajuda, o entusiasmo e a alegria que tenho encontrado – iremos longe. A internet (apesar dos aspectos negativos que ainda apresenta) tem uma força incomensurável e desenvolvimento tecnológico que se actualiza dia a dia.
Abrações e queijinhos, convenientemente repartidos e distribuídos
PS 1 – Quando navegarmos em velocidade de cruzeiro, quero alargar o Travessa aos outros PALOP. Que achas?
PS 2 – Desculpa por este comentário ser tão comprido e chato. Como a espada do D. Afonso Henriques…
PS 3 - Já conheces o me(a)u «Morte na Picada»? Há quem diga que é muito bom. E até que é o melhor que se escreveu em Portugal sobre o tema. Dizem… Obviamente que não sou eu a dizê-lo… Só faltava… E também há quem tenha escrito que sendo contos da guerra colonial em Angola 66/68 (em que infelizmente e contra vontade participei), é SANGUE & SEXO… Malandrecos… Depois de leres, se, por singular acaso, tiveres gostado dele, terás de comprar muitíssimos mais exemplares. São excelentes prendas de aniversários, casamentos, divórcios, baptizados, e datas como Natais, Carnavais, Anos Novos, Páscoas, Pentecostes, vinte e cincos de Abris, cincos de Outubro, dezes de Junhos. Até para funerais. Oferecer o «Morte» na morte fica bem em qualquer velório que se preze. E, além disso, recomenda-o, publicita-o, propagandeia-o, impinge-o aos Amigos, conhecidos, desconhecidos & outros, SARL. Os euros estão tão raros e... caros...
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A editora da obra é a Via Occidentalis (occidentalis@netcabo.pt) cujo site é www.via-occidentalis.blogs.sapo.pt. Neste blogue podem ser consultados mais dados sobre o livro, cujo preço de capa é € 14,70. ATENÇÃO: Pode ser comprado pela Internet.
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NOTA IMPORTANTE: Este texto de apreciação e informação é similar em todos os casos em que o utilizo. Digo isto, para quem não surjam dúvidas ou suspeitas sobre a repetição em diferentes blogues. E para que ninguém se sinta ludibriado – ou ofendido… Há feitios que… Mas, sublinho, apenas o uso quando o entendo, isto é, quando gosto mesmo dos que visito. Nos outros onde também vou, se não gosto, saio sem comentários. Há muitos mais. Aqui na terrinha diz-se que «se não gostas, põe na beirinha do prato»…
Abraço
Marcia
Abraço
Daniel Lopes
Há sol dentro de mim
Respiro todas as cores
Há Verão, há flores
Como é bom sentirmo-nos assim!
É bom voltar a este espaço.
Aparece!
Um grande beijinho e até breve.
;O)
"o que é o autor?", "que importa quem fala?" eita lasqueira, tô quebrando cabeça por aqui com esses franceses... logo, espero, vou te levar o texto, esse reprimido que retornou... ehehehehehe
abraços
Renata
Beijos
http://sex-appeal.zip.net
http://cara-nova.zip.net
Feliz semana.