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utopia

“A ilha da utopia tem duzentos mil passos em sua maior largura, situada na parte média. Esta largura diminui gradual e sistematicamente do centro para as duas extremidades, de maneira que a ilha inteira se arredonda em um semicírculo de quinhentas milhas d´arco, apresentando a forma de um crescente, cujos cornos estão afastados onde mil passos, aproximadamente, podem alcançar a uva da vulva. ”. Thomas More, A utopia




utopia





minha pica, quando sobe, sobe além de mim, sobe mais do que eu, minha pica, quando sobe, me pica, me pica, me pica me pica, no cu de minha vagina, me pica , me pica, no que em mim sou mulher, me pica, me pica me come, no impossível de eu ser fêmea , no que, em mim, não sou eu, me pica, me come me goza, me masturba, me turva, me pica me pica, quando pica, me penetra, todo, inteiro, quando numa xoxota goza a gozação de eu ser outra, de eu ser fora de mim, de minha pica, de dentro de um outro inferno, no inverno primaveril dos sentidos, minha pica, quando come, quando afoga, quando se sufoca, se goza, e se come, pois quando busca a diferença de um outro corpo, busca o que em mim sou outra, sou boceta, abismo e trevas, onde meu esperma morre e ressuscita a luz de sua lanterna, seu sorvete de coco de guerrilha de vidas, a invasão bárbara de girinos, na noite estrelada dos sonhos uterinos

Comentários

lula eurico disse…
A explosão/implosão do gozo faz a Noite Uterina ficar cheia de estrelas...
E é essa a noite da criação, a primeira, a primeva, lúdica e lírica, lúbrica e inocente Noite da Poesia, da Protopoesia...
Abraçamigo e fraterno.
Ucronia

Carícias digitais de signos produzidos pelas fricativas gestuais da mão esquerda sobre a pele, os pêlos, os cabelos. Ósculos a se darem dans la chat, sur la gland e no zoi du macaco. Gestos ou convites explícitos, introdução do signo na prosa de no verso.

Ocasiões em que a língua serve ao desejo e percorre saliências e reentrâncias do corpo do texto. Múltiplos erotismo nessa poesia isenta das convenções da res pública: mais fluxos que aglomerações fugidias: saliva, suor, esperma cerveja...Enfim, isso não uma vulva; é uma transtópica poesia transcrônica dos encontros espontâneos ou estimulados entre picas, línguas, bocetas, cus e performances digitais...

Vale, Luis!!! Grato pelo metaligüístico e erótico poema!
utopia ou realidade?

Apareça...
Poematicidades de uma mente magnânima e de elevada inteligência criativa, sem dúvida!! Abraços deste amigo que cada vez o admira mais!
Raquel disse…
Celebração da vida em forma de poema!
Beijos
http://sex-appeal.zip.net
http://cara-nova.zip.net
Renata Bomfim disse…
Oi Luis Viva o corVadia!
Olha, já tenhos uns escritos pra te mostrar, mas acho que não estás recebendo pelo e-mail de la mancha.
Abraços
renata
Jacinta Dantas disse…
Assumir dentro de si a essência que se vê no outro. Será utopia esse dentro-fora-lados que nos constitui mulheres e homens?
Um abraço
Jacinta
L. Rafael Nolli disse…
Olá, camarada! Minha primeira vez por aqui. Enontro dois textos fortes e belos - e sobretudo corajosos. Num tempo em que a poesia se retrai, de forma conservadora em vários sentidos, encontrar um poema desbocado, é muito bom. Outro aspecto bacana: poemas que não estão vinculados com essa idéia de que é a concisão que faz o poema. Gosto de poemas longos - encontrei-os aqui! Abraços!
Ilaine disse…
Luis!

Já lhe falei isto outro dia... Você faz milagres com as palavras. Em suas mãos elas se tornam poderosas e mágicas. Belo texto. Então... queria lhe dizer: o comentário que deixaste em meu blog é muito especial. Obrigada, amigo. Pois, estou aqui para traçar garatujas em forma de palavras- pequenos fios de ouro, levemente entrelaçados, feito filigranas.

Bj
Percorrer esta ilha de sentimentos e escorregar entre as palavras intensas aqui descritas...em perfeita sintonia!
Beijo terno
Iana disse…
Olá..

Venho agradecer sua presença em "vidas-interrompidas"
sua vida é muito importante por lá

Logo estarei publicando mais um capítulo... enquanto isso aparece em iana-rosaepoemas.blogspot
será benvindo

Grande beijo
Iana!!!
Ana Maria disse…
Revolução de palavras.
Simplesmente palavras produzidas
dos corpos.
Beijinhos.
Obrigado pela presença lá no Clube, professor...

quando tiver novidades, avisa-me...
Abraço forte.
bsh disse…
Será que a utopia não estará mais próxima da realidade do que parece?

http://desabafos-solitarios.blogspot.com/
Renata Bomfim disse…
Olá Luis,
recebeste meu texto?
Abraços
um ótimo domingo
renata

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dinheiro antes era pão e circo e o cacete como pão que bate na arte de matar, cão que late, no bode expiatório, a guilhotina no pescoço da soberana plebeica praça hoje é urânio empobrecido fósforo branco e círculo midiático onde tudo é arte que arde, ardil funil fuzil de ícones de artilharias nas edições de armas satelitais contra a praça súdita garras amarras virtuais na Terra carcerária, pois agora a ágora é o planeta campo de concentração planeta palestina, território sem povo e povo sem território, onde bomba é tudo, em tempo irreal, supõe-se, supositório de lunáticas radioativas partículas de envoltórios zumbíticos vivos incendiados incendiários, planeta guilhotinado, enforcado,desmembrado, sacrificiado nos vários seres mortuários, viciados, por plutônicas ontológicas cosmológicas inspeções galácticas de drones drops fotoativos, putativos, objetos mostruários no dentifrício no corpo cabeça sexo estomagado esmagado emparedado avacalhado suicid
no outro lado do front vi a refração das alfabetizadas ciências deus meu vi o engenho e a arte longe dos barões bufônicos das prosódias divinizadas das seis entidades orquestradas como mísseis de calar dos modernos tempos antigos vi o inglês, o alemão, o francês, o italiano, o espanhol, o português vi ideologia humanista nas seis pirâmides escriturais nas bocas dos sacerdotes dos monastérios os latins ministeriais das sagradas letras dos poemas nos boquetes dos iniciados em palácios de elmos lambendo as glandes das poses das correções ortográficas engolindo as porras das sintaxes na ordem das concordâncias nominais engravidados pela garganta profunda dos espectros verbais vi o monumento à barbárie dos hexagramas das teogonias ocidentais vi a bíblia das traduções imperiais na patrística das metafísicas nas pontas do ceu da boca nas palavras dos seres angelicais vi no outro lado do front as girias dos analfabetos poemando os cristais nos banhos ilimitados dos mananciais despoluindo-se da

LUTO

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