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fagueira esgueira-se afago de fagos fogosos gozos de fogos em fundos de mares conchas de vejo você, artimanha de sexo, manha de olhar, falar, ouvir, tatear, tocar estar, amanhecimentos de pensamentos, seu jeito forte-frágil, de lábios carnes soprando o eros rejuvenescente na boca de beirar o beijo de matar, atando o ato de atmosferear o ar de seu te apreender, beber, sorver, como se sonhasse com você, no seu lugar tópico óptico de sonho, pudesse fazer-me você, bêbada nudez de fêmea e uma outra forma desforma de feminil no amor de amar você amada amante ante tudo que amadamantemente morgeia o centro periférico de peles púbicas no vaso flores, rebento alegre no poro ouro da zona franca sem franquias, mas ilha em trevas no beco escuro-claro dentro entro e gio languedando quente a poeta de variáveis palatais feitiça em eroscentes dissensos afirma a voz, o tom, o timbre, as cordas, a música, o violão, a canção, as formas-vôos-sonoras e languea-dando-me meame e já não falo coisa com coisa, sou coisa feliz por gostar, abraçar, abusar em usos frutos ácidos de doçuras na coragem voragem dessa mulher que é polpa e tem lados alados nas asas que voam no rosto ouço poço posso osso só do meu coração a ação de fazer-me ato, atômico, na anaformia de ser ASSIM, facho, brilho indoloroso, única felicidade rebelde de beleza agora na ágora de falar em off, ligada no brilho brilhoso, inacreditável, de ser como é, sendo panteros de pan em vôo não panorâmicos pelas paranóias de anormais difusas musas no vivificar a voz do mágico de oz nos nós venosos de nossos corpos copos ocos de inscrições de gatas, patas, tapas, em passos leves, em passos rápidos, sem gravidade, na raividade de raios de ininventar o inverno do vento sopro soro de poros lascíveis alvéolos de acidentes geográficos de sua escrita cripta de grita gozura de passear passarear até o não fim de deslizar os dedos digitantes na pauta puta de não parar de arar os vincos lindos indos de sorrindos seios pêlos cabelos texturas volumes dedos brechas joelhos curvas retas sendas cor umbigo pernas sumos nariz olho boca orelha sombras luzes dentro tripas ógãos sangue pelos corredores córregos caminhos das dobras de você, morro de subir e de descer e já não sei se é escrita, se é existida, se é tida, ida ou volta de não ficar, padecer de viver-te, vertendo o ver em ter seus gonzos, vistos não vistos, cridos não cridos, meu deus, do que uma mulher é capaz? do que uma anything, sol de noite, alguma-coisa-mulher, não é paz, de ser pura impura paz, de ser uma em todas, toldando o fundo, LUZ

Comentários

Andre Martin disse…
Eis outro achado, que joga com as palavras de maneira rápida e deliciosa, como faz a Mai.

Passarei a visitar seu blog, quando for possível. Legal!
lula eurico disse…
A explosão de metáforas, imagens, que flui na página, na mente, feito um rastilho de pólvora poética, faíscas do atrito entre as palavras, gatilho da explosão amorosa e final em plena LUZ.

Esse é o melhor estilo Luís de la Mancha.

Abraço fraterno.
Canto da Boca disse…
"... Luz, quero luz...", assim pedindo ajuda ao meu deus Chico Buarque. Mas eu quero ar, oxigenio, após a leitura dessa explosão, fico estática, amordaçada, porque parece que não há nada a comentar, já tudo aqui está.
E me-é impossível nao fazer uma ponte com o Luiz Tatit: "...Só que as sílabas se embalam/ Como sons que se rebelam/ Que se embolam numa fila/ E se acumulam numa bola [...] Tem sílaba que leve oscila..."

E que as palavaras sejam para encantar, cada vez mais, que como um elo, se façam correntes, pela paz e pela poesia que anuncia novos dias.
Um ótimo domingo para ti e os teus e as tuas.
;)
YvyB disse…
"sou coisa feliz por
gostar,
abraçar,
abusar em usos frutos ácidos
de doçuras na coragem voragem
dessa mulher que é polpa
e tem lados alados
nas asas que voam
no rosto
ouço
poço
posso
osso
só do meu coração
a ação de fazer-me ato,
atômico,
na anaformia de ser
ASSIM, "

Que Luz, caro poeta...
Que viagem, alucinante de viver..

Bjs!(De algum dos meus EUs)
Joice Worm disse…
Este comentário foi removido pelo autor.
Joice Worm disse…
Grande devaneio, Luiz.
As palavras me entravam e saíam como se não houvesse amanhã. Tomaram conta de mim.
Agora não sei quem sou...
Ilaine disse…
Quanto tempo, amigo querido...
Saudades imensas daqui.
Beijo
Unknown disse…
Sabes poeta,descobri que teus escritos,deve ser absorvido lentamente.Degustado como vinho de fina espécie.As palavras,amigas tuas,fervilham querendo ser ditas.
E tu dedicado amigo,permites que elas fluam,libertas sem pudores.

Beijos! (Outro EU)
Canto da Boca disse…
Luís, posso te linkar no meu Canto?
;)
Esta escrita que sai
de canto, resvala um tanto
assim,
vai sem medo no dedo,
vai sem segredo
no enredo de mim.

Atordoa
a tarde do verso
a palavra pode ser
o inverso
do que se quer
dizer.


Abraço forte, professor.
Sigamos...
Sueli Maia (Mai) disse…
Inventar e reinventar o infinitivo da natureza selvagem e animal dos humanos. Nem sei se consigo registrar o tanto que explode de idéias nos momentos intermináveis que, em segundos, leio-te, Luís - Dom Quixote e Sancho Pança de si mesmo.

Poder ser criança nos possibilita a arte de brincar com as palavras, fazê-las saltar frente aos olhos de quem lê.
Sem palavras, Luís, sem palavras bastantes...

Beijo você.
Mai
Ilaine disse…
Luís!

Tua escrita é uma imensa rede de figuras e sentimentos. As palavras jorram de ti e envolvem o leitor, sem nunca soltá-lo. É como se voasse, levando-me para o mundo desse texto tear, que é infinito. Estou encantada.

Parabéns por tanta arte, meu grande poeta.
Renata Bomfim disse…
um poema circular,que se esgueira e viaja, buscando sentir, tocar e se conhecer. Depois, se encontra "amadamantemente" no corpo da fêmea, como Ulisses ouve a musica da sereia, sorve, sonha, tateia, na "zona franca sem franquias". E é assim, "brilho indoloroso" que, espantado com a mulher, se tangencia e vê a "LUZ" de que é capaz.

Um sopro no coração
da amiga
REnata

ps: tem poesia nova no Letra e Fel
Sueli Maia (Mai) disse…
Onde andas, Mestre?
O que engendras neste inverno silente?
Por onde hibernas construindo novos textos?

Abraços,

Mai
Coral disse…
Comentário sem relação com o post: Professor, por qual livro é melhor começar a ler o Derrida?
George Saraiva disse…
O blog é alucinante Luiz, como tem passado, novidades? abração.

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no outro lado do front vi a refração das alfabetizadas ciências deus meu vi o engenho e a arte longe dos barões bufônicos das prosódias divinizadas das seis entidades orquestradas como mísseis de calar dos modernos tempos antigos vi o inglês, o alemão, o francês, o italiano, o espanhol, o português vi ideologia humanista nas seis pirâmides escriturais nas bocas dos sacerdotes dos monastérios os latins ministeriais das sagradas letras dos poemas nos boquetes dos iniciados em palácios de elmos lambendo as glandes das poses das correções ortográficas engolindo as porras das sintaxes na ordem das concordâncias nominais engravidados pela garganta profunda dos espectros verbais vi o monumento à barbárie dos hexagramas das teogonias ocidentais vi a bíblia das traduções imperiais na patrística das metafísicas nas pontas do ceu da boca nas palavras dos seres angelicais vi no outro lado do front as girias dos analfabetos poemando os cristais nos banhos ilimitados dos mananciais despoluindo-se da

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