fogo de gozo fogoso gostoso ouço de ovo de novo na púbica central fálica fábrica espermática privadamente pública de simbólicas ondulações patriarcais, nos mananciais dos valores dos olores dos furores que percorrem que decorrem que incorrem em cada qual o seu caracol a escutar o murmurar do mar na orelha do sol a brilhar a espalhar a iluminar os poderes do mundo no ritmo mítico lítico istmos de laicos padres contemporaneamente medievais, nas centrais operacionais de saberes oficiais, seriamente policiais, nas formas pétreas de laicos ismos de ideologias filosofais, sob o pôr-do-sol da aurora a estender a guerra espermática da flor maligna da encruzilhada: flor de Amapola na ampola na seringa na agulha na veia o ópio no sangue a eclodir o leite da droga seminal: leite secado pra melhor incorporar químicas misturas , leite leito eito feito pra melhor entorpecer os senhores da guerra, com dinheiro sem lastro real, pois os senhores da guerra são os que fazem ópio óptico ótimo vendendo o venal venéreo aéreo etéreo funéreo veneno seminal no vaginal planeta xoxotal de biodiversidade paradoxal no axial eixo do vital , através do revés do invés do retro retrós de linhas vicinais pelas artérias principais das rotas mundiais dos 777 parasitas das vespertinas bestas vespas de particulares escadas de ínfimas ímpias escalas: são os senhores da guerra que fazem o ópio e o vendem pro ocidente entorpecido por tédios diários de parasitas otários porra loucos que financiam que fiam a Cia pra pagar a guerra seminal contra sobre sob o polvo povo visceral na sideral de enxames de ações de furacões de colonizações de almas de corpos de consciências de inconsciências de competências de ciências de proficiências de indecência, porque até ela, que pode ser fatal, que pode ser letal, que pode ser graal de grãos de rebelião, de safada tara de taquara vara de varal no sarau do vendaval de gostoso gozo pluvial, porque até ela, a indecência, é ela mesma a rendição rendida na rede bestial, sem sexo de nexo de amplexo de complexo no côncavo do convexo no plexo de tretas de letras com letras escrevendo uma seminal legião de religião de multidão em descolonização de tudo que é vulto de luto, através do tumulto da respiração em perdição de rebelião e é por isso, porque a indecência sofre um ataque colonizador, através das cores do televisor, e é por isso que não mais penso em buceta, serei apenas um asceta, tal que a seta que voraz labial encesto no incesto dos amores de louvores de bocetes boquetes de conjugais gramáticas de gramas granas temáticas entre iguais, tal que a sexta que no afinal o seminal final semanal de ser interpelado a ser homem ou mulher ou homo a ser delegado legal de me representar no me apresentar como algo que é ou que acha que é sendo o determinismo do mal
entoar: amar quixotescas armaduras, de cavalharescas andaduras, de ondas de lábios ávidos de mar, celas cósmicas, de lânguidas mangas éticas, pitangas de árvores de flores de copas, de frondes continentais de amores, sem ilhas de tédios de horrores, ou gols de tiros de mortes, de chutar chuvas de balas de alas, de narcísicos consumos de humos, doces idólatras idiotas, a chupar, a saliva de acusar, pra roubar e pra matar, quando o que é torta, quando a porta da janela que importa, é a de criar o atar as traves aves de retângulo de céus de paraísos de relâmpagos, de infernais mananciais, de invernais verões de rebeliões, por comemorar a cerimônia de vôos de chamas de larvas, de celestiais terrenais viscerais, a festejar pilhas de elétricas usinas, de vitais vitrais campos, sem rivais, a coletivizar os subterrâneos lençóis de águas de sóis, de sedes de redes de girassóis, abertos horizontes cobertos por suores de louvores, nos corpos a corpos, brindes de convites, a desarmar as armas
Comentários
Por um questionamento poéticos dos valores. Pela ascenção de uma nova mentalidade ecossolidária.
Deixo meu abraçamigo e fraterno.
Te ler e viver tuas palavras é preciso sorver,degustar lentamente.
Bjs!
Eu
Que loucura de texto. Que palavras e que carga. Um texto desses é preciso degustar com lentidão para sentir o sabor de cada expressão. Você é fenomenal, meu querido poeta.
"...nas centrais operacionais de saberes oficiais, seriamente policiais, nas formas pétreas de laicos ismos de ideologias filosofais..." Lindo!
Abraço, com carinho
Mas foi bom!
rs
Muito tempo que não parava para ler aqui!
Beijos, Luis!
um blogbomba!
abraço.
anelito
Surfando a onda dessa epígrafe poética, leio esta função do muro: proteger-se na guerra contra nossos estranhos semelhantes "umheimilisch"?. A guerra foi predicado de nosso antepassado vagante e selvagem? Produto exclusivo da incursão de nômades contra "centrais comerciais, oficias e industriais" que uns pensam que eram normalmente pacíficos?
Negativo!!! O muro se inscreveu no cenário da guerra e circunscreveu a própria violência de um "JE" contra um "MOI". Guerra e domínio, mais que paz e cooperação, sempre se acharam rizomáticos nas trincas da estrutura original da cidade antiga. Muralhas, baluartes e fossos se viam com agressividade e ameaça, que adquiriam concentrações letais de suspeita e ódio vingativo, assim como de não-cooperação nas proclamações dos reis, "reais oficiais". Daí o fragmento pó[s] é[sté]tico de Le Padre. Um não às Totalitárias "fascias" e um nem ao "falanstério". Pós utópico, pós ucrônico... sois pós e ao pós...
Enfim, falando com esse encantador dialeto promíscuo e jovem (entanto velho como o vento sul (ou soul?)): pô, aé, tio, tipo assim, esse seu texto é legal pra caralho!!! O mó tesão, aê!!!
Valeu, Le Padre, Luís della Mancha, nel giorno della civetta!!! Abração!!! Vou sugerir ao Mozzer que freqüente esse espaço.