pichadores do mundo,
uni-vos
pichai a casa de burgueses,
as mais improváveis,
de seguranças intocáveis,
vigias implacáveis
cerebrai, pichadores,
por driblá-los como um artilheiro
bem na área do campo do adversário
e gozai com seu pincel
borrando, com pixel,
o centro bancário anal
do frangueiro goleiro
a defender o portal
dos donos do dinheiro
pichadores
pichai os valores ocidentais
os dentifrícios publicitários
sorrisos dos mais iguais que iguais
atores/atrizes de cinemas imperiais
pichadores,
se um pichador conselho meu,
for impossivelmente possível
no vice-versa do versa-vice
te pediria juízo,
ainda que sem juízo,
pra pichar, com táticas e estratégias,
ainda que com risco
o pentágono,
a Cia
a OTAN
e tudo
que submete
que impõe
que domina
que humilha
ainda que pareça glamour
que fale mon amour
pichai, pichadores,
pichai todo e qualquer monopólio interpretativo,
mesmo que disfarçado de oligopólio
ou de diversidades de escolhas
de escolher o que é sempre a mesma coisa
dentro de um mesmo modelo supositório
digo, civilizatório
pichai as bandeiras artísticas
das artes sem bandeiras
pasárgadas de direitos civis
arcádicos engodos primaveris
na multiplicidade de vozes servis
ao rei, o que é do rei,
pichai a reificação da forma pela forma
a centralidade desfundamentalista,
que torna
essencial, as inessências
verdadeiro, as aparências
metafísico, o fim da metafísica
maniqueísta, o fim do maniqueísmo
punhetas poli-oligo-fônicas,
dilúvios de individualismo
na quintessência de 500 milhões de anos
de fotossíntese acumulada,
sob o viva a forma da posse da fama
que ama fósseis combustíveis
tudo pra pilharmos em 2 séculos
viva a liberdade de saquear!
a que chamamos de direitos fuzis,
digo, civis
pichai, pichadores,
com suas escritas analfabéticas
jorros de negras tintas espermáticas
o muro bem pintado das escritas performáticas
pichadores de infra-supra-mundos
revolucionária consciência de classe
é o que vos peço
deixai de lado as sucateadas instituições públicas
principalmente as escolas da periferia
tão já neoliberalmente pichadas
pichai a Rede Globo de Televisão
e as outras redes de comunicação
pichai os bairros ricos
deixai de lado os pobres bairros pobres
sujos de indiferença
pichai as multinacionais
seus imponentes muros monumentais
os bairros ricos, pichadores,
é lá que deveis pichar
sujai o limpo e o bem cuidado
sujai o feliz e o bem resolvido
sujai o politicamente correto
aquele que não tem culpa de nada
porque aceita, olha só, o gay
o travesti, o negro e o índio
e até mesmo o podre,
que gente boa!
pichai esse filho de uma santa
que a puta não merece
a revolta atrevida de sua arte
protegei-a, a puta,
pichai, no lugar dela,
o feliz domínio de dominó
de muros murros de verniz
endeusada meretriz
uni-vos
pichai a casa de burgueses,
as mais improváveis,
de seguranças intocáveis,
vigias implacáveis
cerebrai, pichadores,
por driblá-los como um artilheiro
bem na área do campo do adversário
e gozai com seu pincel
borrando, com pixel,
o centro bancário anal
do frangueiro goleiro
a defender o portal
dos donos do dinheiro
pichadores
pichai os valores ocidentais
os dentifrícios publicitários
sorrisos dos mais iguais que iguais
atores/atrizes de cinemas imperiais
pichadores,
se um pichador conselho meu,
for impossivelmente possível
no vice-versa do versa-vice
te pediria juízo,
ainda que sem juízo,
pra pichar, com táticas e estratégias,
ainda que com risco
o pentágono,
a Cia
a OTAN
e tudo
que submete
que impõe
que domina
que humilha
ainda que pareça glamour
que fale mon amour
pichai, pichadores,
pichai todo e qualquer monopólio interpretativo,
mesmo que disfarçado de oligopólio
ou de diversidades de escolhas
de escolher o que é sempre a mesma coisa
dentro de um mesmo modelo supositório
digo, civilizatório
pichai as bandeiras artísticas
das artes sem bandeiras
pasárgadas de direitos civis
arcádicos engodos primaveris
na multiplicidade de vozes servis
ao rei, o que é do rei,
pichai a reificação da forma pela forma
a centralidade desfundamentalista,
que torna
essencial, as inessências
verdadeiro, as aparências
metafísico, o fim da metafísica
maniqueísta, o fim do maniqueísmo
punhetas poli-oligo-fônicas,
dilúvios de individualismo
na quintessência de 500 milhões de anos
de fotossíntese acumulada,
sob o viva a forma da posse da fama
que ama fósseis combustíveis
tudo pra pilharmos em 2 séculos
viva a liberdade de saquear!
a que chamamos de direitos fuzis,
digo, civis
pichai, pichadores,
com suas escritas analfabéticas
jorros de negras tintas espermáticas
o muro bem pintado das escritas performáticas
pichadores de infra-supra-mundos
revolucionária consciência de classe
é o que vos peço
deixai de lado as sucateadas instituições públicas
principalmente as escolas da periferia
tão já neoliberalmente pichadas
pichai a Rede Globo de Televisão
e as outras redes de comunicação
pichai os bairros ricos
deixai de lado os pobres bairros pobres
sujos de indiferença
pichai as multinacionais
seus imponentes muros monumentais
os bairros ricos, pichadores,
é lá que deveis pichar
sujai o limpo e o bem cuidado
sujai o feliz e o bem resolvido
sujai o politicamente correto
aquele que não tem culpa de nada
porque aceita, olha só, o gay
o travesti, o negro e o índio
e até mesmo o podre,
que gente boa!
pichai esse filho de uma santa
que a puta não merece
a revolta atrevida de sua arte
protegei-a, a puta,
pichai, no lugar dela,
o feliz domínio de dominó
de muros murros de verniz
endeusada meretriz
Comentários
Eu acho que até o David de Michelangelo (o original, inclusive) deveria ser pichado, pois é símbolo de uma beleza grega que se impõe durante vários séculos. A beleza imposta pela mídia é a beleza eurocêntrica.
Outro dia fiquei surpresa vendo que a atual Miss Espírito Santo, que é loira e de olhos azuis, foi eleita Rainha das Américas! Que traço ela tem da mulher nativa das Américas? É de pasmar: nenhum!
E a história se refaz e a luta de classes continua, ainda que eclipsada pelo furor desse eterno monstro que "bebe sangue e defeca dólares", euros... Que a múltipla escala das condições sociais, seja(m) apenas estamentos, degraus para o avanço das pessoas humanas em toda a face da terra...
Homens e mulheres livres; escravos, patricios e plebeus; senhores e servos; mestres e oficiais: opressores de um lado, oprimidos de outro... E o enfrentamento, que essa luta constante seja agora para todos do mesmo lado, ininterruptamente na defesa da humanidade, porque nada nos foi dado, todo avanço social, político foi fruto da luta dos homens e mulheres trabalhadores de todo o mundo... Por isso, vamos partir para a pichAção: pichadores unidos, jamais serao vencidos. Risos.
Beijo...
;)
que revolucionário pichador te transformaste.
Bjs!
Eu
.
Pichas com tua arte, picho com a minha.
Pichamos nós, pichai vós...
Isto é arte.
.
Mas....lá, no planalto central, eles sujam e depois se lambuzam...
Abraços, amigo.
tu pichas
ele picha
nós pichamos
vós pichais
eles picham
Que delícia conjugar pichação com minhas intenções de pichar com cores fortes e tornar alegre o que há de feio em meu entorno. Ontem, o povo pichou em Vitória, com água e vassouras. Foi lindo
Um abraço
Eu havia deixado um comentário aqui...
Abraço
Pois, estou aqui novamente. Penso que eu mesma errei ao postar. Antes de tudo, quero agradecer pelo comentário em meu blog. Ah, que palavras lindas. Sempre tão suas!
Pichação. Um poema grito, um manifesto. Diante de meus olhos passam cenas de sujeiras políticas tantas, humilhações, opressões. Sejamos pichadores! É preciso pichar o mundo com outros valores. Nossos! Pichemos, pois!
Abraço
Beijo
Abraços!
www.vortexproject.blogspot.com