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modelo de sucesso

devolvamos o pior que as instituições estimulam e fabricam e cultivam e produzem e reproduzem e de graça: patrões, chefes, militares, padres, aristocracias, quadros intelectuais, mulheres anoréxicas devolvamos pro lixo da história o lixo da pré-história que persiste subjugando com mortal vitória são, devolvamos, antes que a vida se extinga e, na catinga da vã glória, se finda devolvamos pro limbo das olimpíadas do Olímpio os bisnetos, netos, filhos, pais, avós e bisavós do estado de trégua: a viver em redoma com tubos de oxigênios pro amor e mais tubos de oxigênios pra amizade e mais tubos de oxigênio pra realidade pra tudo afinal tubos de oxigênio pra eternidade transcendental devolvamos ao céu profundo e porque não suportam os ares do mundo frequentam sempre o continente ilhal igual à passarela de desfile de ponte aérea internacional com seus ambientes sofisticados assépticos, dizem é lindo é normal eis aí a encarnação parasitária do mais-valor geral devolvamos ao mundo das idéias celestial eis aí os agenciadores da guerra contra os mundos os angélicos marcianos dos séculos dos séculos séquitos do fascismo bestial,  encarnados em todos nós? os invasores implacáveis do presente as autoconfiantes oligarquias desafiantes das americanas presenças constantes com seus tubos de oxigênio eletrônicos são os recrutas autopublicitários de almas inconstantes a lançarem bombas de autopropaganda e de autoengano através dessa bomba de nêutrons: a televisão pois sabem que a verdade é uma mentira vinda do tubo de ressonância da caixa de oxigênio da Casa Branca pois sabem que a beleza é um perfume de merda espalhado no corpo anoréxico das modelos multinacionais pois sabem que a moralidade é uma praga porque é a moral da maioria que compra a mentira da Casa Branca a espalhar o  perfume de merda da beleza anoréxica dos bombados perfumes de efeitos monolaterais das modelos nas bombas de oxigênio artificiais nas pastas de dente a foto bombástica contra as mulheres do mundo de ódio às verdadeiras mulheres são cafés sem cafeínas degustadas por terroristas de congelados sorrisos faciais bombas de inexistentes mulheres de lábaros labiais lábias monumentais são bombadas bombas mentirosamente fundamentais são caixas de propaganda de fundamentalismos de infantilismos de gerânios plutônios de brancos fósforos de cânceres geracionais {recentemente uma pesada anoréxica modelo de caixa de propaganda dos americanos, de seu exército, de sua humanitária força, lançada de um avião britânico, caiu sobre a cabeça de uma criança afegana, e a matou do lado da criança morta pelo peso espiritual de desprezo ao vivo mundo, tinha uma foto de uma modelo, bomba sensacional} viva a anoréxica publicidade do American way of life viva o racismo ao mundo o racismo a tudo que é deste mundo sem platônicas idéias cruciais viva o prêmio Nobel ao bombardeio humanitário viva o golpe democrático viva o imperialismo genocida viva o ódio pandêmico ao mundo nas rubricas  das burocracias as razões de Estado imperialistas sempre salvacionistas, sempre terraplanistas, sempre caras e bocas indignadas sempre modelos de sucesso sempre ideal se os ouço e me falam sempre baús de ossos a jogar cal nos esquartejados povos quando armados de não Washingtons  fossas comuns os povos Wuhans de chineses yuans conta os dólares que corrompem hoje os amanhãs os povos das forças revolutivas  das novas rutas das sedas com suas peles tecidas por nacionais poliédricas lãs de um povo que se desianquiza-se com Inconfidentes  manhãs 

Comentários

Dauri Batisti disse…
Este comentário foi removido pelo autor.
Dauri Batisti disse…
Teu grito, tua rebeldia, tua sina decidem este estlo que te foge, que te faz, que nos apraz... escreva, escreva. Resistir é um modo de viver. Vou nos meus passos, dobro a esquina, sigo...

Um forte abraço.
Dauri Batisti disse…
Luis,
acho que vc cometeu um engano, publicou no meu blog uma mensagem para uma tal de Mirtis...rsrs

Abração, amigo
Paula Barros disse…
Luiz, retribuindo a visita. Me impressionou sua visita, a "coincidência", ontem a noite estive em seu blog, e não comentei, nem li, estava cansada. Vi seu comentário em algum blog (não lembro agora) e vim aqui.
Hoje, ao acordar, estava você no meu...navegando rios de palavras...

O seu poema me fez lembrar que tanta evolução tecnológia e o homem continua alienado e se alienando. Cada dia se protesta menos, embora se reclame mais, se adoeça mais, se angustie mais...cada dia temos amor de menos por nós mesmo e pelo outro...

abraço

Lendo o comentário de Dauri lembrei, foi no blog dele que vi seu nome.
Vivian disse…
...não somos nós que dizemos
as palavras.
são elas que nos dizem.

e você, ah você Luis,
deixa aqui neste post o grito
de todos nós meros reféns de
um mundo aprendiz.

um mundo onde raros modelos
podem e devem ser copiados.
a sua lúcida visão, por exemplo,
é uma delas.

é uma honra enorme recebê-lo
lá em casa.

seja sempre bem vindo!

bjs procê!
Carla disse…
Este sistema está em coma! Nossos tubos de oxigênio estão poluídos, em todos os sentidos.
Desnuda disse…
Luis,

escrever para não ser asfixiado pela realidade tóxica. Faça das palavras o seu oxigênio, um escapismo deste quadro desnumano e brutal. Uns já adormeceram e outros, como você, procuram incessantemente acordar os que dormem entorpecidos pelos efeitos alucinóginos da ilusão. Continue.

Obrigada pela visita no Desnuda e a lucidez do seu comentário.


Carinhoso beijo.
São disse…
Adorei, mesmo!

Boa semana.
poetaeusou . . . disse…
*
viva a ti, amigo,
(ao Obama e aos batalhões dos
"Alimões" e seus canhões,
do amigo Chico Buarque)
,
um abraço,
,
*
Desnuda disse…
Luis,

obrigada pela gentileza. Carinhoso beijo. Feliz e honrada com o seu retorno.
gaivota disse…
é de uma profunda sabedoria e realidade este texto!
que bom teres publicado, bem como a nossa amiga são...
fantástico!
beijinhos
Não sou tão radicalmente contrário ao que escreveu, mas ...
Por que nos havemos de preocupar com o que se passa no mundo, se temos no nosso bairro, à nossa porta tudo isso?
Temos que enfrentar os invasores reais e os irreais, estes muito mais perigosos, por serem ilusórios e imaginários.Façamos algo.
Costumo dizer que gosto de navegar na minha canoa.
Mesmo que viaje à toa, não me submeto a ninguém ... nem a nada!
Porque vamos atrás das palavras?
Será a verdade absoluta, ou um refúgio?

Cumprimentos e obrigado pela visita.
Ilaine disse…
Você me lembra um pouco Brecht.
Você toca na ferida, na verdade.
Saudades, meu amigo!
Beijo
Jacinta Dantas disse…
Gosto desse seu jeito. Ainda é preciso gritar, esbravejar para acordar os adormecidos. É...parece que dormimos o sono do não ver nada, não escutar nada, não sentir nada...dos P A R A L I S A D O S.
Grande abraço

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