em homenagem à minha filha,
e muito além de Édipo,
publico o novo poema que ela,
Raíssa, disponibilizou no
blog dela.
o endereço é: http://raissasofia.zip.net/
abaixo, o poema. Ela tem 15 anos recém-feitos.
E o velho assovia...
Assovia pra onde?
Assovia por onde?
Não sei.
E o velho assovia...
Assovia pra quê?
Assovia de quê?
Não sei.
E o velho assovia...
Assovia pra quem?
Assovia de quem?
Não sei.
E o velho andava...
Andava pra onde?
Por quê?
Não sei.
E o velho cantava,
E ele gritava,
E ele deitava,
E ele sonhava,
E ele brincava...
O velho vivia,
Morria,
Sorria,
Agredia,
Por quê? Nem ele mesmo sabia...
E ele queria saber o porquê de morrer,
Queria saber o porquê de viver,
Queria saber o porquê de amar,
Queria saber o porquê de assoviar,
Queria saber o porquê de cantar,
Queria saber o porquê de ser ele...
O velho queria saber o porquê de ser velho,
O porquê do vôo dos pássaros,
Do latido dos cachorros,
Do zunido das abelhas que o atormentavam,
Queria saber o porquê de não poder ser livre,
De não poder voar, de não saber cantar tão bem, de não ter o que assoviar.
Mas mesmo assim ele assovia, ele canta, ele voa, ele dança
ele anda, ele vive, vive, vive, e com sua cabeça branca, espera a morte chegar.
Ô, velho, me ensina a ser você?
e muito além de Édipo,
publico o novo poema que ela,
Raíssa, disponibilizou no
blog dela.
o endereço é: http://raissasofia.zip.net/
abaixo, o poema. Ela tem 15 anos recém-feitos.
E o velho assovia...
Assovia pra onde?
Assovia por onde?
Não sei.
E o velho assovia...
Assovia pra quê?
Assovia de quê?
Não sei.
E o velho assovia...
Assovia pra quem?
Assovia de quem?
Não sei.
E o velho andava...
Andava pra onde?
Por quê?
Não sei.
E o velho cantava,
E ele gritava,
E ele deitava,
E ele sonhava,
E ele brincava...
O velho vivia,
Morria,
Sorria,
Agredia,
Por quê? Nem ele mesmo sabia...
E ele queria saber o porquê de morrer,
Queria saber o porquê de viver,
Queria saber o porquê de amar,
Queria saber o porquê de assoviar,
Queria saber o porquê de cantar,
Queria saber o porquê de ser ele...
O velho queria saber o porquê de ser velho,
O porquê do vôo dos pássaros,
Do latido dos cachorros,
Do zunido das abelhas que o atormentavam,
Queria saber o porquê de não poder ser livre,
De não poder voar, de não saber cantar tão bem, de não ter o que assoviar.
Mas mesmo assim ele assovia, ele canta, ele voa, ele dança
ele anda, ele vive, vive, vive, e com sua cabeça branca, espera a morte chegar.
Ô, velho, me ensina a ser você?
Comentários
visitei o blog da sua filha.
Fala do velho com admiração, respeito e um certo ar de inquietação. A você, meus aplausos por aplaudi-la assim, sem máscara, apenas sendo Pai.
Grande abraço
Bjos
abraços
renata
Com essa idade eu era um bobão. Aliás, eu ainda sou meio bobo.
Bem, Papai Luís,
tua menina está no bom caminho...
E já aprendeu com o velho.
Abraço fraterno nos dois, pai e filha!
(Antoine de Saint-Exupery).
Parabéns.
Beijokas.