No ano x , y foi à rua w e comprou uma pistola calibre progresso. No ano x + 10, y chegou a sua casa e desfechou tiros contra o corpo. Depois de morto, y foi aludido num telejornal. Neste, seu suicídio não significava nada. Apenas mais um morrera. No entanto, o silêncio, dissimulado em indiferença, dominou de tal maneira os expectadores que era sem dúvida um sinistro aviso coletivo.
Y talvez fosse a liberdade? A desmassificação? O homem que se inventa? A mulher que se desmasculiniza? O desejo desejado enfim inscrito na ponta outra do outro que deseja, formando impossíveis?
De qualquer modo, estava morto pelas próprias mãos, pelo próprio tiro, pela própria bala.
Y talvez fosse a liberdade? A desmassificação? O homem que se inventa? A mulher que se desmasculiniza? O desejo desejado enfim inscrito na ponta outra do outro que deseja, formando impossíveis?
De qualquer modo, estava morto pelas próprias mãos, pelo próprio tiro, pela própria bala.
Comentários
Um bj querido amigo
Menos um então:)
Estou lhe seguindo e voltarei depois, para ler com mais calma.
Um grande abraço.
Maria Auxiliadora (Amapola)
Um progresso em triste desenvolvimento: rápido, que rola, que mata, abala. A bala da pistola em calibre progersso - Palavras suas, sempre fortes, em agulhadas... Magníficas!
Obrigada, poeta querido, pelo lindo comentário... me emocionei. Lindo demais! Que bom te ver lá "em casa". Beijo
bom fazer este caminho de volta!
beijo