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utopia

o capitalismo é absurdo
absolutamente
nele
somos absurdos
aberrações
concretamente
abjetas
abstratamente

a única coisa a fazer
além de tocar um tango argentino
é
abnegadamente
dançar
cantar
imaginar
pensar
realizar
amar
voar
divagar
fora do absurdo
surdo mercado
de absurdas
garras de guerra
de lucro

e então
surtados
- alegremente
generosamente
igualmente
amorosamente
revolucionariamente
localmente
mundialmente
plenamente –
de corpo
de mente
corpalmente
seremos
lindamente
outra gente

então
na absurda vida
nasceremos
individualmente
e
fora da absurda
lucrativa morte
viveremos
coletivamente

Comentários

Gisa disse…
E a vida absurda segue o seu curso
Um grande bj
Viver nele é um absurdo, mas quando a lucidez se faz presente tudo torna-se ainda mais difícil. Pois de certa forma fazemos parte dele e contraditoriamente nos empenhamos ora contra, ora a favor, em gestos e palavras.
Sonia Pallone disse…
Você tem o dom da palavra, Luis. Bom te ler. Concordar também. Beijos.
Caro amigo

Quem acredita
em sonhos coletivos,
semeia as
melhores sementes
de um mundo
mais justo.

Que sempre
existam
sonhos em ti...

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Deus

Deus é puro sexo E tem o gozo do universo Com seu falo vaginado Penetra e é penetrado Pelo cosmológico Devaneio de amplexo Sua transa etérea De buraco negro de verso Suga e transfigura A ilusão de ser matéria Que lubrifica e infla A vida de vidas O infinito de finitos As polipresenças De ausências.

UTOPIA

entoar: amar quixotescas armaduras, de cavalharescas andaduras, de ondas de lábios ávidos de mar, celas cósmicas, de lânguidas mangas éticas, pitangas de árvores de flores de copas, de frondes continentais de amores, sem ilhas de tédios de horrores, ou gols de tiros de mortes, de chutar chuvas de balas de alas, de narcísicos consumos de humos, doces idólatras idiotas, a chupar, a saliva de acusar, pra roubar e pra matar, quando o que é torta, quando a porta da janela que importa, é a de criar o atar as traves aves de retângulo de céus de paraísos de relâmpagos, de infernais mananciais, de invernais verões de rebeliões, por comemorar a cerimônia de vôos de chamas de larvas, de celestiais terrenais viscerais, a festejar pilhas de elétricas usinas, de vitais vitrais campos, sem rivais, a coletivizar os subterrâneos lençóis de águas de sóis, de sedes de redes de girassóis, abertos horizontes cobertos por suores de louvores, nos corpos a corpos, brindes de convites, a desarmar as armas ...
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