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selo

cuidar
amar,
criar
alimentar
pensar,
trepar,
amigar
cheirar
tocar
divagar
sem selo
sem sê-lo
com zelo
fora do desmazelo
Sem propriedades
proprietários
domínios
espertos
otários
na aberta sociedade
sem contratos
de posses
de poses de vozes

Fora do selo da guerra
Do é meu, é seu, é dela,
Fora do selo da guerra do terrorismo:
Da morte anônima
a mais cruel das mortes
na líbia
no iraque
no afeganistão
na somália
nas esquifes
esquinas dos atropelamentos
no sê-lo da guerra de tráfego
tráfico de trânsitos mortorizados
a morte anônima é o abril
dos mais cruéis das nortes
mortes
no sul
pois tem a tortura,
como corrente moeda vigente,
tem a ingente gente sem nome
na quantidade, aos milhares
aos milhões, como impessoalidade,
como terceira pessoa da trindade
da mortandade, pra estuprar,
humilhar, sacanear, tomar,
manipular, sequestrar,
atar

fora do selo sê-lo da guerra de
violar, maltratar, matar,
sem que saibamos como
e por quê
fora do selo sê-lo da guerra de
ser louvado
Como guerreiro, justiceiro,
Sobre os corpos das mortes
anônimas, aos milhares,
Aos milhões,
Sobre os corpos de
joãos, marias, sebastião
fora do sê-lo selo da guerra
da perdição, a destruição,
do fogo do inferno e a vontade de deus
Em cada esquina, esquifes ,

fora do selado atado selo
Da guerra de sorrir e sê-lo o ser a
Esquivar Irreflexivos, superficiais,
Vãos intolerantes e arrogantes
A tortura, as prisões prolongadas
As humilhações sexuais, os estupros
As desaparições, a extorsão, o saque,
Os assassinatos, os abusos cia o cio
A cia com golpes de SAS
secretos
mal tratos, interrogatórios
De mulçumanos, os indocumentados
Na obscuridade do dia, os inimigos
Cambiantes, os sequestros ilegais
Chamados de rendições extraordinárias

O selo da guerra contra o terrorismo
fora dele
A evidência secreta sem defesa
Indefesos na doméstica violência
Com o dinheiro do contribuinte
O desempregado em Somália
paga as bombas do selo da
guerra
A fome é a contribuição do contribuinte
Com o dinheiro da fome e
com o dinheiro do abandono
com o dinheiro do pivete
o dinheiro da combustão
das misérias
infantis
juvenis
adultis
velhis

com o dinheiro da fome
se irriga
O militarismo

com o dinheiro da guerra
com a guerra do dinheiro
quem faz a guerra
qualquer guerra
injustificável
é o ditador
o imperador
o usurpador
o dita dor
independente se é obama
sé é sarkozy
se é cameron
sé é
leito
eleito
quem faz a guerra
é tortura
dor
estupra
dor
é o pastor
de mortes
o impostor

com o dinheiro
quem faz a guerra
nos atamos
nos matamos
e

Comentários

Coral disse…
Não quero sê-lo
Posso não querer o "sê-lo" da propriedade, mas posso fazer minhas escolhas e "ser", enquanto minahs consequências farão e serão além do que faço ou sou.
Graça Lacerda disse…
Irreverência, cultura e não aceitação do pré-estabelecido.
Foi isso que encontrei aqui, em você.
Obrigada pela visita ao Crystal, na verdade um blog bebezinho, nascido há bem poucos dias...
Mas já elogiado por alguém da sua estatura poética, quem sou eu para contestar!rs
Amigo, volte sempre que puder e desejar.
Gosto tb de escrever crônicas e poemas, mas como o tempo não tem sido meu colaborador nesse quesito, estou tentando, pelo menos nesse blog que conheceu, postar umas crônicas e uns poemas de amigos.
qualquer hora volto aqui e 'roubo' um poema seu pra postar lá - posso?
A propósito da leitura de suas influências, Riobaldo é personagem forte, jagunço-filósofo, com saberes só dele. Um dos melhores de Guimarães.
E selo sem sê-lo também é irreverência pura.
Um grande abraço!
Graça Lacerda
*Mineira, minério...gostei do trocadilho lá!
Canto da Boca disse…
Fundar um outro mundo, sem esquecer os equívocos conhecidos...
E vivermos as "nossas" verdades, bem kafkanianas: "A verdade é aquilo que todo o homem precisa para viver e que ele não pode obter nem adquirir de ninguém. Todo o homem deve extraí-la sempre nova do seu próprio íntimo, caso contrário ele arruina-se. Viver sem verdade é impossível. A verdade é talvez a própria vida".

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no outro lado do front vi a refração das alfabetizadas ciências deus meu vi o engenho e a arte longe dos barões bufônicos das prosódias divinizadas das seis entidades orquestradas como mísseis de calar dos modernos tempos antigos vi o inglês, o alemão, o francês, o italiano, o espanhol, o português vi ideologia humanista nas seis pirâmides escriturais nas bocas dos sacerdotes dos monastérios os latins ministeriais das sagradas letras dos poemas nos boquetes dos iniciados em palácios de elmos lambendo as glandes das poses das correções ortográficas engolindo as porras das sintaxes na ordem das concordâncias nominais engravidados pela garganta profunda dos espectros verbais vi o monumento à barbárie dos hexagramas das teogonias ocidentais vi a bíblia das traduções imperiais na patrística das metafísicas nas pontas do ceu da boca nas palavras dos seres angelicais vi no outro lado do front as girias dos analfabetos poemando os cristais nos banhos ilimitados dos mananciais despoluindo-se da

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