Pular para o conteúdo principal

descaminhados


os descaminhos
de
roma
washington
pentágono
wall Street
oTAN

os descaminhos
dos
poderes
das
armas
dos
medos
das
máfias
dos
ricos
milicos

os descaminhos
dos sem
dinheiro
direito
pão
abrigo
dos ubíquos demos
sem cracia
hipocrisia

os descaminhos
dos
recusados
acusados
humilhados
incompreendidos
fodidos
esquecidos
bombardeados

os descaminhos
de si
de mim
de ti
em mim
em si
em ti

os
inacreditáveis
impossíveis
incompreensíveis
inverossímeis
imponderáveis
incontroláveis
inaceitáveis
insubordináveis
incríveis
descaminhos
mal falados
mal amados
mal analisados
mal vistos
mal compreendidos
mal apresentados
mal representados
mal pensados
mal editados

caminhos
carinhos
de
cosmológicos
ninhos

Comentários

Gisa disse…
Sem descaminhos como valorizar os caminhos?
Um grande bj
M. disse…
Por mim vedava-lhes qualquer caminho.
Lícia Dalcin disse…
Vi um nicho de ubiquidade acomodado em nenhures, talhado a capricho desvairado. Vi a perfeição instatisfeita de si. O desespero, o desespero dado a mim, que leio...aí está, está aí.

Bj

Lícia
Enquanto fui lendo acerca dos descaminhos, fui pensando nos desviantes desses descaminhos. Se ainda há uma esperança, ela encontra-se no que estes irão produzir, neste universo de meras reproduções.

Postagens mais visitadas deste blog

UTOPIA

entoar: amar quixotescas armaduras, de cavalharescas andaduras, de ondas de lábios ávidos de mar, celas cósmicas, de lânguidas mangas éticas, pitangas de árvores de flores de copas, de frondes continentais de amores, sem ilhas de tédios de horrores, ou gols de tiros de mortes, de chutar chuvas de balas de alas, de narcísicos consumos de humos, doces idólatras idiotas, a chupar, a saliva de acusar, pra roubar e pra matar, quando o que é torta, quando a porta da janela que importa, é a de criar o atar as traves aves de retângulo de céus de paraísos de relâmpagos, de infernais mananciais, de invernais verões de rebeliões, por comemorar a cerimônia de vôos de chamas de larvas, de celestiais terrenais viscerais, a festejar pilhas de elétricas usinas, de vitais vitrais campos, sem rivais, a coletivizar os subterrâneos lençóis de águas de sóis, de sedes de redes de girassóis, abertos horizontes cobertos por suores de louvores, nos corpos a corpos, brindes de convites, a desarmar as armas ...

tudo está dito/nada está feito

quis escrever um conto. Os dedos começaram primeiro que eu, digitalizando. então pensei no como os dedos podem digitalizar sem mim, como podem ter memória própria, escrever e escrever-se, assim, como quem escreve e se escreve, a história biográfica da memória testemunhal de um dedo. e o dedo, ou os dedos, começaram a... se... e ficaram com preguiça. passado um tempo, por preguiça de freqüentar outros ofícios, de fazer outras coisas que tinha que fazer, naquele momento depois agora, depois daquela outra preguiça, entrei finalmente neste arquivo e vi o texto aqui inacabado, pensei que talvez já pudesse estar ou ficar inacabadamente pronto ou prontamente inacabado se apenas deixasse ele, este aqui, acabar no ficaram com preguiça, mas os dedos começaram a recuperar a sua memória digitalizante e começaram a escrever novamente, e escreveram até aqui, até aqui, até aqui, até aqui, não vou dizer mais até aqui, pra não enjoar o leitor, e foram escrevendo até aqui porque eram dedos e dedos n...

Deus

Deus é puro sexo E tem o gozo do universo Com seu falo vaginado Penetra e é penetrado Pelo cosmológico Devaneio de amplexo Sua transa etérea De buraco negro de verso Suga e transfigura A ilusão de ser matéria Que lubrifica e infla A vida de vidas O infinito de finitos As polipresenças De ausências.