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desumanizemos



a civilização e suas tecnologias de
intimidação
liquidação
fornicação
emoção
purificação
sugestão
presunção
humilhação
perturbação
banalização
massificação
na ofuscação da televisão das luzes da canção
nas chantagens de violentas violetas de marionetes
ainda que dóceis
de garimpagens de eróticas sondagens
vaginais
anais,
epidérmicas
cardíacas
psicológicas
sociológicas
putativas,
punheteiras
nos diamantes cursos incursos de maquinarias de poderes de recursos de ursos usuras
difamantes
amantes
diletantes
dilatantes
rumo ao progresso do avante
nas últimas tendências das indolências
de ais de ais de ais de ais ais e mais gozais
ipods, ipeds, ifones de i-fodes id-entificadores
feitos para digitar, pressionar, censurar, despedir idiotizar retardar cegar
drogar desperdiçar atar o amar no mar de matar
tudo ao mesmo tempo na ágora
pra caçar pra fracassar pra assar
em fogueiras
as bruxas
as putas
os gays
os brancos
os negros
os bebês
os asiáticos
os comunistas
os latinos
os europeus
os americanos
as mulheres
as onças
as cobras
os pobres órfãos de floras de amoras de infaustas faunas de faunos
nos dispositivos altamente hodiernos
de
domesticar censurar autocensurar as aleluias das cuias das cunhadas unhadas
das cesuras de sensos e consensos de dissensos
maniqueístas
altruístas
vigaristas
normalistas
gotejando
pineais
filigranais
granais
individuais
mundiais
ais de ais de ais de ais de ais de iguais
programados para mentir a verdade da gasta moeda dos anais
na alça da alta das bolsas da legião de tramas dramas ramas panoramas
diagramas de granas de especulativas de terroristas
alegoristas
pugilistas
dentistas
desenhistas
que enxameiam sementes de guerras de entes de juros
nas usuras de narcisismos de automatismos de móveis autismos
de lucros automotivos
nos racismos
nos tribalismos
nos machismos
nos histerismos
rentismos de fundamentalismos
de ais de ais de ais de ais e mais ais de adornos ais de jamais
de contornos de subornos nos tambores de guerra,
na infâmia
no imposto
no posto
no rosto
da
prostração,
castração,
iniciação,
via-satélite
de estrofes de lutas na vitória apostólica de apóstrofes de oraculares
orações de derrotas de rotas que rotam calvários ambulantes de notas
de fé no há deus
no crédito édito édipo edito
de deus de eus e pireneus e pigmeus de multidão de meus
na fé substanciosa das coisas esperançosas
má-fé versus boa-fé
de
juros
de futuros
de conjuros
na cafeína do café
sempre o pontapé o boné o chulé o chalé de sacerdotes de dotes
de olores
de amores
de flores
de dores
no medo que vimos, ouvimos, sentimos
de Midas de burlas burlescas de futuras poupanças de desesperanças
na arqueologia de luminares limiares orgias de futurologias de cosmologias de cosmogonias
nas anacrônicas bonanças de alimentadas panças
de tecnofolia ,
de tecnoalegria,
de tecnoplurigamia
que alcançamos que calçamos que alçamos que balsamos
quando,
em transe,
transas em tranças o alce vadio cupido que alcanças
quando desumanas a humanidade de suas
matanças

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entoar: amar quixotescas armaduras, de cavalharescas andaduras, de ondas de lábios ávidos de mar, celas cósmicas, de lânguidas mangas éticas, pitangas de árvores de flores de copas, de frondes continentais de amores, sem ilhas de tédios de horrores, ou gols de tiros de mortes, de chutar chuvas de balas de alas, de narcísicos consumos de humos, doces idólatras idiotas, a chupar, a saliva de acusar, pra roubar e pra matar, quando o que é torta, quando a porta da janela que importa, é a de criar o atar as traves aves de retângulo de céus de paraísos de relâmpagos, de infernais mananciais, de invernais verões de rebeliões, por comemorar a cerimônia de vôos de chamas de larvas, de celestiais terrenais viscerais, a festejar pilhas de elétricas usinas, de vitais vitrais campos, sem rivais, a coletivizar os subterrâneos lençóis de águas de sóis, de sedes de redes de girassóis, abertos horizontes cobertos por suores de louvores, nos corpos a corpos, brindes de convites, a desarmar as armas ...

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quis escrever um conto. Os dedos começaram primeiro que eu, digitalizando. então pensei no como os dedos podem digitalizar sem mim, como podem ter memória própria, escrever e escrever-se, assim, como quem escreve e se escreve, a história biográfica da memória testemunhal de um dedo. e o dedo, ou os dedos, começaram a... se... e ficaram com preguiça. passado um tempo, por preguiça de freqüentar outros ofícios, de fazer outras coisas que tinha que fazer, naquele momento depois agora, depois daquela outra preguiça, entrei finalmente neste arquivo e vi o texto aqui inacabado, pensei que talvez já pudesse estar ou ficar inacabadamente pronto ou prontamente inacabado se apenas deixasse ele, este aqui, acabar no ficaram com preguiça, mas os dedos começaram a recuperar a sua memória digitalizante e começaram a escrever novamente, e escreveram até aqui, até aqui, até aqui, até aqui, não vou dizer mais até aqui, pra não enjoar o leitor, e foram escrevendo até aqui porque eram dedos e dedos n...

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