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fomes lunares


A fome no estômago do homem
é mais que a fome que pão come
é fome de muitos abdomens
de muitos estômagos de nomes
de asas de casas de alegrias vastas
até a quadratura do círculo das lascas
onde do cérebro se come as cascas
não é fome da miséria, diária ração,
financiada na mola da ola da esmola
que amola a faca em nefastas ponderações
na carne viva dos pobres, humilhações,
é fome de muitos nomes, imaginação,
criação, recreação, inquietação, ação
que não é apenas ração, mas inserção
de proliferação de solução, na resolução
de tomar a política pelo estômago da mão,
e, tomando-a, torná-la política da indignação,
em rebelião, em liberação, em revolução,
pra tal, não é a miséria da mola da ola da esmola,
que será o vau do varal da incontida transformação,
do humilhado povo, que só sabe ouvir não,
em ovo de povo – nascimentos de acontecimentos
inventada fome de orquestração
que queima
ferve
cozinha
até a morte
o ventre da besta
com o só se alimentar de vespas
no mel das constelares tetas
nos estômagos das cosmovisões feitas
de uvas de mutretas, sem seitas,
lá onde ali o estômago é o âmago
da imago dos sândalos
estrelares rochedos de vândalos
amando a fome
dos
mares
quando os lares
não passarem
de fotossínteses
de
ares
pros seres
terráqueos
lunares
pros quais
tudo
são
fomes
de
amares

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dinheiro antes era pão e circo e o cacete como pão que bate na arte de matar, cão que late, no bode expiatório, a guilhotina no pescoço da soberana plebeica praça hoje é urânio empobrecido fósforo branco e círculo midiático onde tudo é arte que arde, ardil funil fuzil de ícones de artilharias nas edições de armas satelitais contra a praça súdita garras amarras virtuais na Terra carcerária, pois agora a ágora é o planeta campo de concentração planeta palestina, território sem povo e povo sem território, onde bomba é tudo, em tempo irreal, supõe-se, supositório de lunáticas radioativas partículas de envoltórios zumbíticos vivos incendiados incendiários, planeta guilhotinado, enforcado,desmembrado, sacrificiado nos vários seres mortuários, viciados, por plutônicas ontológicas cosmológicas inspeções galácticas de drones drops fotoativos, putativos, objetos mostruários no dentifrício no corpo cabeça sexo estomagado esmagado emparedado avacalhado suicid
no outro lado do front vi a refração das alfabetizadas ciências deus meu vi o engenho e a arte longe dos barões bufônicos das prosódias divinizadas das seis entidades orquestradas como mísseis de calar dos modernos tempos antigos vi o inglês, o alemão, o francês, o italiano, o espanhol, o português vi ideologia humanista nas seis pirâmides escriturais nas bocas dos sacerdotes dos monastérios os latins ministeriais das sagradas letras dos poemas nos boquetes dos iniciados em palácios de elmos lambendo as glandes das poses das correções ortográficas engolindo as porras das sintaxes na ordem das concordâncias nominais engravidados pela garganta profunda dos espectros verbais vi o monumento à barbárie dos hexagramas das teogonias ocidentais vi a bíblia das traduções imperiais na patrística das metafísicas nas pontas do ceu da boca nas palavras dos seres angelicais vi no outro lado do front as girias dos analfabetos poemando os cristais nos banhos ilimitados dos mananciais despoluindo-se da

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