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natal

não nos esqueçamos que o menino Jesus era pobre odre de cobre simples plebeu sem destino manifesto sem nome escolhido imperfeito deus caído no chão da manjedoura no leito do que se planta com muito eito não nos esqueçamos que o menino Jesus jamais foi ou desejou ser faraó, imperador, hierárquico clérigo eleito não nos esqueçamos que foi périplo sem eira nem beira que apostou seu verbo na ressurreição da ação da rebelião fora de toda garantia econômica, simbólica, sapiencial, profissional nos passos da paixão dos traços no lugar algum das tomadas de opinião sobre se é certo ou é errado se é legal ou ilegal se pode ou não pode se é possível ou impossível não nos esqueçamos que o menino Jesus sequer representou que apenas encarnou o pobre a que diz veio pra salvar e que a si não salvou não nos enganamos que o menino Jesus teve a projeção que teve e tem não porque era deus isso tudo é um pretexto digamos uma metáfora pra algo mais do chão algo mais do pão algo mais da rebelião diante da inaceitável opressão não nos esqueçamos que o menino Jesus foi sim um comunista que seu milagre adveio da força contra a forca condenação pro jão ninguém colocado no coliseu no que hoje é rodeio planetário contra o roubado povo no meio do bolo do progresso como genocídio bombardeado recheio não nos esqueçamos que tanto antes como agora o rico sim foi quem o crucificou não nos esqueçamos não transformemos em metáfora o argumento evangélico de que o rico não passa no buraco da agulha da salvação não nos esqueçamos que o conteúdo do natal seja o salvando-se pobre nascido e na Maria do perpétuo socorro sem cessar nascendo pra destituir todo e qualquer rico e salvá-lo não como pobre que deveria ser mas como não rico e não pobres que deveremos no amai o desconhecido como a si mesmo na linha do horizonte do agora no futuro do ontem na manhã do não nos esquecer de que a ressurreição é contra o rico e o paraíso, não nos esqueçamos, é um cosmos sem abandonados meninos jesuses pobres

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dinheiro antes era pão e circo e o cacete como pão que bate na arte de matar, cão que late, no bode expiatório, a guilhotina no pescoço da soberana plebeica praça hoje é urânio empobrecido fósforo branco e círculo midiático onde tudo é arte que arde, ardil funil fuzil de ícones de artilharias nas edições de armas satelitais contra a praça súdita garras amarras virtuais na Terra carcerária, pois agora a ágora é o planeta campo de concentração planeta palestina, território sem povo e povo sem território, onde bomba é tudo, em tempo irreal, supõe-se, supositório de lunáticas radioativas partículas de envoltórios zumbíticos vivos incendiados incendiários, planeta guilhotinado, enforcado,desmembrado, sacrificiado nos vários seres mortuários, viciados, por plutônicas ontológicas cosmológicas inspeções galácticas de drones drops fotoativos, putativos, objetos mostruários no dentifrício no corpo cabeça sexo estomagado esmagado emparedado avacalhado suicid
no outro lado do front vi a refração das alfabetizadas ciências deus meu vi o engenho e a arte longe dos barões bufônicos das prosódias divinizadas das seis entidades orquestradas como mísseis de calar dos modernos tempos antigos vi o inglês, o alemão, o francês, o italiano, o espanhol, o português vi ideologia humanista nas seis pirâmides escriturais nas bocas dos sacerdotes dos monastérios os latins ministeriais das sagradas letras dos poemas nos boquetes dos iniciados em palácios de elmos lambendo as glandes das poses das correções ortográficas engolindo as porras das sintaxes na ordem das concordâncias nominais engravidados pela garganta profunda dos espectros verbais vi o monumento à barbárie dos hexagramas das teogonias ocidentais vi a bíblia das traduções imperiais na patrística das metafísicas nas pontas do ceu da boca nas palavras dos seres angelicais vi no outro lado do front as girias dos analfabetos poemando os cristais nos banhos ilimitados dos mananciais despoluindo-se da

LUTO

o mundo observa as Reich telas de televisão computação sensação estilização rostificação enquanto Israel se torna cada vez mais o principal anti-semita de si de nós mesmos infernizando irradiando dizimando atomicamente o judaico povo atual: o palestino, tão ao vau como o hebraico povo haitiano somaliano líbio sírio pois todo povo sendo diferente, é igual no laboratório da holocáustica Faixa de Gaza A câmara de gás Do faraó sionismo Impõe o milenar êxodo aos judeus palestinos Sob a proteção do nazismo Europeu Estadunidense Oligárquico Enquanto observamos as telas da enganação danação violação manipulação reificação O Hitler Benjamin Netanyahu Mandará matar esta menina Palestina-antes-judaica Yasmin, 6 anos vejam de fora do seu soss-ego pois já mandou matar olhem (de dentro da outrora homo sacer abandonada escravizada hebraica vida nua) sua mãe, Yolanda, calcinada assassinada por fósforo branco olhem lançado