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surgimento

o poema não surge do acaso
não surge do amor
do ódio
da história
do desejo
- o poema não é Maomé, Buda, Cristo –
upoemasurgidavidaondituduestaincluidu

Comentários

YvyB disse…
tudueinclusivitrasprazeresinominaveis...

B
Eu
lula eurico disse…
Agora curtíssimos, breves lufadas poéticas.
Bom te ver de novo aqui.

Abraçamigo e fraterno.
Sabrina Mata disse…
Em poucas palavras resumiu um grande sentido... o poema é um grito preso no ar... solto pra quem nåo se limita enxergar.

Keep going...
lula eurico disse…
Ah, mestre, não resisti e encaixei o teu tiziu em poema novo. Depois veja ele por lá.

E receba meu abraço.
herbert farias disse…
O poema é o antidireito.
O poema é o esquerdo que triunfa, nem tanto, porém, para que não se glorie e deteriore.
O poema é o rés do chão, sentados todos na varanda, para cantar o desenredo>
O poema é o que o mestre desescreveu ao pupilo, para que este aprenda no seu eu proscrito.

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dinheiro antes era pão e circo e o cacete como pão que bate na arte de matar, cão que late, no bode expiatório, a guilhotina no pescoço da soberana plebeica praça hoje é urânio empobrecido fósforo branco e círculo midiático onde tudo é arte que arde, ardil funil fuzil de ícones de artilharias nas edições de armas satelitais contra a praça súdita garras amarras virtuais na Terra carcerária, pois agora a ágora é o planeta campo de concentração planeta palestina, território sem povo e povo sem território, onde bomba é tudo, em tempo irreal, supõe-se, supositório de lunáticas radioativas partículas de envoltórios zumbíticos vivos incendiados incendiários, planeta guilhotinado, enforcado,desmembrado, sacrificiado nos vários seres mortuários, viciados, por plutônicas ontológicas cosmológicas inspeções galácticas de drones drops fotoativos, putativos, objetos mostruários no dentifrício no corpo cabeça sexo estomagado esmagado emparedado avacalhado suicid
no outro lado do front vi a refração das alfabetizadas ciências deus meu vi o engenho e a arte longe dos barões bufônicos das prosódias divinizadas das seis entidades orquestradas como mísseis de calar dos modernos tempos antigos vi o inglês, o alemão, o francês, o italiano, o espanhol, o português vi ideologia humanista nas seis pirâmides escriturais nas bocas dos sacerdotes dos monastérios os latins ministeriais das sagradas letras dos poemas nos boquetes dos iniciados em palácios de elmos lambendo as glandes das poses das correções ortográficas engolindo as porras das sintaxes na ordem das concordâncias nominais engravidados pela garganta profunda dos espectros verbais vi o monumento à barbárie dos hexagramas das teogonias ocidentais vi a bíblia das traduções imperiais na patrística das metafísicas nas pontas do ceu da boca nas palavras dos seres angelicais vi no outro lado do front as girias dos analfabetos poemando os cristais nos banhos ilimitados dos mananciais despoluindo-se da

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