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Poema de Pedro Sevylla de Juana

Globalization Pedro Sevylla de Juana Usa, China, Japón, Alemania Pude ser tu cómplice en la cuadratura del círculo y del triángulo isós celes. Pude serlo cuando rabia y osadía, se enfrentaron con tus únicas fuerzas al brutal atropello dominante. Palestina, Sierra Leona, Burundi Pude ser tu cómplice en defensa de la cosa pública puesta entre paréntesis por la rapiña privada. En una parte lo común y, enfrente, el individuo aislado nutriendo su egoísmo. Belleza acorralada de las flores, de la ternura, de la solidaridad fraterna, bajo un cielo de pólvora sobre una canción protesta. Tayikistán, Swazilandia, Mozambique Pude ser tu cóm plice pero no supe aprovechar la rara ira de la mano izquierda bañada en el óleo inconformista, rebelde, de tu sangre de fragua, la que templa el acero de la espada. Honduras, Surinam, Guatemala Ahora es tarde, me dices, languidece la queja entregada a la obediencia sumisa. El Papa tararea mi canción. Y la tira

antropofagia

Se joga ávida a vida não ida a-vir na indignação precipício principia pia batismal rebento bento de não tremendo no firmamento molecular milenar das hastes fibras galácticas do deserto do cu buraco negro constelar no vento a voragem evento viagem entre o amar do mar indefinidos gozos com o arco-íris solar no vazio do dia que nasce nas costas alando-se adernando-se evaporando-se estomacal no grosso intestino de tempestades de barcos à deriva das chantagens de atar facas nas faces de cagar matar no formigueiro de antes contra o depois pois tudo é chantagem a ideologia de aceitação do presente sem laços estelares chantagem em tudo no lucro de lutos a nos destecer de deixar de nascer chantagem cínica de conformismo com o que tem sido sismo de ismos de moralismos de ressentidos sentidos idos sem melros no caos lunar que sabem never more que nas casas sem asas dos ricos onde não existem

biopoder

relações sexuais monogâmicas plurigâmicas playgâmicas amantegâmicas internéticas zonais sazonais heterossexuais homossexuais plurissexuais humanossexuais zoossexuais interpares intergalácticas surubáticas punhetais platônicas plutônicas filosóficas incestuosas pedófilas homoétnicas heteroétnicas poéticas necrófilas vagabundas comerciais patriarcais matriarcais hierárquicas trabalhistas horizontais entre putos e putas entre santos e putos entre alfabetizados e analfabetizados entre patrões e empregados entre mulheres entre homens entre excluídos bandidos drogados traficantes mafiosos consumidores burgueses banqueiros fofoqueiros multinacionais revolucionários amigos inimigos hipócritas presunçosos imbecis tolos famosos anônimos achados perdidos normais loucos psicopatas neuróticos românticos ralações capitalistas de fundição ralações capitalistas de fodeção relações capitalistas de produção

politicamente incorreto

algures descobri, com um ser ou não ser hamlet, que uma pessoa pode sorrir e ser infame fama dentro ou fora da cama trama o patriarcado encanta-nos, canta-nos femininamente nos encana plástico, elástico é pluma, uma puma leopardo que tudo muda pra não mudar absolutista, mente nada rei sol lençol nos ofusca midiaticamente com a sua difusa profusão pós-moderna, supondo um direito de vida que é norte genocidas supositórios mortes na dança de rostos gostos postos envoltórios desgostos o patriarcado só não é mais velho que o que chamamos de novo a serpente e o ovo nus conduzem-nos nus induzem-nos nus produzem-nos à farsa quando acreditamos na gramática na ginástica na bombástica na trágica lírica dramática dilemática dos ídolos pneumática tidos ditos vistos queridos como lindos no santo graal filosofal monumental imperial global tudo é vínculo limbo na prosódia sem igual na tez da fala imparcial

amarican way of death - receita de bolo

Só no Ira-que 2 milhões de iraquianos mortos 3 milhões de sem teto 2 milhões e meio de refugiados em outras paragens, refugiadas, mais 3 milhões de iraquianos fugidos destes 83 por cento são mulheres e crianças de até 12 anos. fermentado aumento da mortalidade infantil: 1000%, desde de 1990 6 milhões de órfãos 70% população de iraquianos sem água potável 80% sem condições mínimas de higiene mais de 8 milhões de iraquianos não vivem sem esmola a capital, Bagdá, é a pior cidade do mundo em: tratamento de água infraestrutura produtiva escolas hospitais museus centrais elétricas desempregados desaparecidos prisões arbitrárias vítimas de tortura tratamentos degradantes favelas incapacitados físicos e mentais doentes por exposição a urânio empobrecido casos de crianças nascidas deformadas por exposição a radiações vítimas de bombardeio atentados terroristas estupros pedofilias violência policial e um sem fim de cotidianas humilhações violações, d

nos calam

nos calam quando nos falam quando nos embalam quando nos sonham quando nos desejam quando nos amam quando nos comercializam quando nos tomam quando nos informam nos incorporam quando nos premiam quando nos senham quando nos viciam quando nos vivenciam quando nos ciciam atam matam neles com eles por meio deles pra eles nos calam quando por nós mesmos por nossos parentes profissões diversões confissões nos calamos.

Hugo Chávez

o amor é inacreditável improvável injustificável caluniado atacado ignorado ridicularizado desvalorizado fodido pobre nunca dividido viração ainda q só é arribação os sensatos os sérios os legais os respeitados bem amados apresentados representados dizem que o amor é simplista ultrapassado sem rigor improdutivo autoritário bufão vulgar impróprio qualquer um ninguém filho da puta maldito desgraçado criminoso vara de porcos os que não amam mesmo que beijem na boca que sejam considerados bem casados amados vistos tidos cridos bons pais boas mães sensatos mesmo que riem que sejam simpáticos elegantes valorizados politicamente corretos os que não amam embora sejam vistos como os que amam sentenciam condenam o amor: crucifique-o crucifique-o é terrorista ditador narcotraficante populista ressentido maniqueísta contraditório vigarista nunca boa bisca sempre coitado nunca com o vencedor babaca o amor é

danos colaterais

a puta palestina na linha de fogo com a língua no míssil do moço sob a mira de um disciplinado soldado israelense em angelus missa de insubmissa civilizatória missão que não sabe o que fazer com o tesão tido contido convertido senão transformá-lo em estupro balístico contra o corpo feminino combalido partido sido nunca vencido tornado realístico destinos tinos nos Auschwitz retiros dos tiros após tê-lo chupado deliciosamente num sublime abandono de seu posto de vigilância, na fronteira de Gaza, recebe como pagamento logos espermáticos de nojos, superioridades, ódios legalísticos na boca estelar da puta palestina boca lance de dados que jamais aboliria o acaso constelar cioso paladar saboroso do encontro molecular amoroso da palestina com o israelense Julieta e Romeu fora de toda filiação nacional linguística étnica tenha ou não genealogias bíblicas a impor o por da porra de ser já era não pode ser é impossível já morreu não dá n

uma verdade

uma - dizem que não existe que tudo é versão, de versão, conversão - verdade (inapresentável indiscernível impensável inexistente de tanto que nos inexiste, inqualificável inquatificável) é ilegal improvável imprevisível inaceitável incrível irrepresentável precária vulnerável disponível fugaz caluniada humilhada desacreditada impura inconsistente incompetente pobre inverossímil incerta imponderável incontável irreconhecível sem dono sem glória sem rosto imprópria amanhã no hoje do ontem ontem no hoje do amanhã hoje no amanhã do ontem amanhã no ontem do hoje fosse estelar fosse terna é - antes - desordeira e - depois - eterna doideira sob seu não império viva o vitupério - estamos livres pra errar pecar amar quanto mais longe das mentirosas verdades bem-vistas bem-concebidas bem-tidas de atar laços pirotécnicos de matar

poema

quero um poema sem valor desembrulhado sem essências sem aparências sem que assim se enuncia: sou pobre mas honrado prefiro morrer lutando que viver de joelhos ao pau e à voz doce à luta digital e cibernética não quero alimentar a mão que nos tira a coragem a ousadia a criação a invenção o tesão o comunismo de um mundo sem iscas de ismos a vida esporrando-nos desde de cima, com cacetes pirotécnicos do deus dinheiro de castas dominantes não me suicido não me rendo não me atento não me fomento no trem da história, este é o não poema ou o não presente, não progresso o capitalismo não pode parar sempre avançando, sem olhar para trás, pros lados contra as arribações das gerações sempre olhando pra baixo, os baixios de sementeiras de misteriosos retornos festivos de primaveras sorrateiras e, sem querer ver o futuro, plutão sequestrou o presente começa pelos cabelos de sua filha de sua mãe de sua avó de sua amante ou de seu filho pai a

araras

as coisas pelo seu nome, pão ao pão, vinho ao vinho, no vinho do pão o estômago da viração no fígado do cérebro nos rins da lontra do coração no pulmão do formigueiro do sertão nos astros rastros dos vãos nos voos das frágeis hastes do turbilhão na crista das ondas no ápice do chão nas rochas dos rabos dos cometas riscando o arco-íris do sim à perambulação sem fins da criação das coisas em ininterrupta variação de outrem por outrem sem si por aí no impróprio nome que come o pão do vinho vertido no incorrigível palavrão da inconvertível clandestina fome de cores nos odores de estrelas nos pintassilgos dos carinhos nos ninhos das asas dos amores das hortelãs de vilãs tecelãs nas tempestades dos rios nos mares das montanhas nas planícies das dunas dos desertos das cidades dos ares nos cardumes dos corais nos enxames das imponderáveis putarias nas taras das manias nos rumores dos vexames sem as provas dos nove dos exames dos vigiares e punires nas neuroses das impotências dos in

LUTO

o mundo observa as Reich telas de televisão computação sensação estilização rostificação enquanto Israel se torna cada vez mais o principal anti-semita de si de nós mesmos infernizando irradiando dizimando atomicamente o judaico povo atual: o palestino, tão ao vau como o hebraico povo haitiano somaliano líbio sírio pois todo povo sendo diferente, é igual no laboratório da holocáustica Faixa de Gaza A câmara de gás Do faraó sionismo Impõe o milenar êxodo aos judeus palestinos Sob a proteção do nazismo Europeu Estadunidense Oligárquico Enquanto observamos as telas da enganação danação violação manipulação reificação O Hitler Benjamin Netanyahu Mandará matar esta menina Palestina-antes-judaica Yasmin, 6 anos vejam de fora do seu soss-ego pois já mandou matar olhem (de dentro da outrora homo sacer abandonada escravizada hebraica vida nua) sua mãe, Yolanda, calcinada assassinada por fósforo branco olhem lançado

maternalista

vomitai mãe cosmos do fora de si sem si alhures por aí aqueles que na Terra nos ocupou usurpou humilhou assassinou pelos tempos e tempos, aquém e além sem amém nos fazendo reféns ocupai mãe galáxia as monarquias as aristocracias as oligarquias as demagogias as filantropias o logos nas ogivas dos vigias tenham ou não ismos sismos istmos manias mono ou plurigamias ocupai mãe constelação os mandonismos idiotismos realismos elitismos preciosismos narcisismos elegantismos ocidentalismos orientalismos fiscos de fisgos de exclusivismos mismos ocupai mãe estelar a herdeira propriedade privada amorosa simbólica étnica patriarcal filial humana sacerdotal sem beira nem eira e não esqueçamos mãe lunar de ocupar a OTAN a Cia a Usaid os Bank thinks o Wall street a União Europeia O Banco Central Europeu o american way of life a rede globo o Conselho de Insegurança ânus ônus da ONU nos ocupe mãe vulcânica

estar

estar na hora do mundo estreladamente na hora de errar desmedidamente de apalpar a fruta delicadamente a que existe e inexiste saborosamente com a saliva da língua na uva da semente vulva da poupa que é roupa de outra na outra metamorficamente fora do relógio da Bastilha da planilha do cu na vasilha da lanterna de pilha desfalicamente fora da do buraco do miolo no taco no palco do esgoto de nossa teatral bufônica supersônica submissão à prisão da manilha desencanadamente do ontem no amanhã do hoje nos suplícios e nas transcendências das indecências das ciências nas Cias das armadilhas, fora, livremente - sempre como matilha inadvertidamente estar na hora do cosmos ai sim fora do freio sem pastilha do progresso sem partilha da Terra como ilha no buraco-negro das corporativas identidades idades felicidades faculdades diversidades de performáticas bestialidades de folgadas carretilhas fora do lucro

dinheiro

antes era pão e circo e o cacete como pão que bate na arte de matar, cão que late, no bode expiatório, a guilhotina no pescoço da soberana plebeica praça hoje é urânio empobrecido fósforo branco e círculo midiático onde tudo é arte que arde, ardil funil fuzil de ícones de artilharias nas edições de armas satelitais contra a praça súdita garras amarras virtuais na Terra carcerária, pois agora a ágora é o planeta campo de concentração planeta palestina, território sem povo e povo sem território, onde bomba é tudo, em tempo irreal, supõe-se, supositório de lunáticas radioativas partículas de envoltórios zumbíticos vivos incendiados incendiários, planeta guilhotinado, enforcado,desmembrado, sacrificiado nos vários seres mortuários, viciados, por plutônicas ontológicas cosmológicas inspeções galácticas de drones drops fotoativos, putativos, objetos mostruários no dentifrício no corpo cabeça sexo estomagado esmagado emparedado avacalhado suicidári

fuga

te ofereço minha bunda sim, imunda, vagabunda, te ofereço minha morte sim, profunda, sem tumba, te ofereço minha sorte sim, agourada, sem aura, te ofereço meu cérebro, sim, sem périplo, ébrio, te ofereço meu coração, sim, prostituído, sem emoção, te ofereço meus rins sim, vis, sem fins te ofereço minha vida sim, achada, oprimida te ofereço meus órgãos sim, organizado, tomado te ofereço meu corpo sim, inteiro, porco dócil corpo fosco, tosco, morto diabólico agente laranja de divinos hortos todo seu, olho de Deus, meu Prometeu, come, espião das alturas, o fígado que me deu não o quero mais, fica pra ti, é todo seu fujo de mim dando-me todo a ti, Serafim, no sétimo dia em que nasci, descendi de sua sexta asa, Supremo, sem medo de cair, me viro ao avesso do inferno de seu reverso, e verso de diverso de não querer-Te sequer como sombra que assombra-Te no assombrado humano boto fogo na luz que em Ti pudesse me conduzir poderoso ou vigoroso ou amoros

outros 300

amar, na vida, só quando uma palavra de ordem é desejável - a desordem contra a ordem policial exponencial filosofal banal contratual sentimental consensual financial patronal na vida somente o respeito ao desrespeito é respeitável: à covardia ao medo à norma ao dinheiro à propriedade à inculcação da sublimação na ascensão e a outra qualquer privatização de afetos desejos projetos dejetos fetos tetos de redenção na vida existe somente um lucro que importa no porco do corpo do horto do morto – a mais-valia vital - contra a morte da confiança e antes de tudo naqueles que não têm finanças ou da bonança e antes de tudo pra aqueles que não têm poupanças ou da festança e antes de tudo pra aqueles que não têm esperanças ou contra a morte da morte quando esta, deixando de morrer impede-nos de fornicar e de brincar de sorver e de cantar de florescer e de desejar de espairecer e de cagar de correr e de voar de enraivecer e gargalhar no ar de arder em chama

revolução

sim à vida sem cordeiro de deus que tirais o pecado do mundo sim à vida pecaminosa vertiginosa que semeia pecados imundos sim, à vida nua, despossuída, de qualquer r´um ou uma puma nunca retida ou vendida ou convencida ou convertida pluma sim à vida vestida de travestida em vias de algaravias fora das babélicas sesmarias das poses das posses divididas romarias sim ao amor vil inverossímil não servil sem objeto sem sujeito sem peido mercantil sim ao destino solto revolto sutil fora do covil seja peitoril fértil débil febril nem juvenil e nem senil fora do que se vê ou se viu sim à vida estéril abril o mais azul dos meses ardil fora do pentágono do catálogo do monólogo hamletiano de ser ou não ser prussiano ou americano sim à vida fora dos monopólios interpretativos especulativos econômicos monogâmicos simbólicos educativos sim aos vendavais fluviais plurais sem rosto sem posto sem custo ou encosto sim

capitalismo mundial integrado

Imperialismo mundial integrado Tecnologia mundial integrada Monopólio mundial integrado Dólar mundial integrado Lucro mundial integrado Exploração mundial integrada Roubo mundial integrado Farsa mundial integrada Ilusionismo mundial integrado Droga mundial integrada Entretenimento mundial integrado Mídia mundial integrada Ignorância mundial integrada Oligarquia mundial integrada Arrogância mundial integrada Pobreza mundial integrada Fome mundial integrada Desespero mundial integrado Desperdício mundial integrado Luxo mundial integrado Elitismo mundial integrado Racismo mundial integrado Abandono mundial integrado Presunção mundial integrada Mentira mundial integrada Indiferença mundial integrada Sexismo mundial integrado Ódio mundial integrado Cinismo mundial integrado Niilismo mundial integrado Hipocrisia mundial integrada Extermínio mundial integrado Maldade mundial integrada Antropocentrismo mundial integrado Sujeição mundial integrada Crise mundia
bom o mundo é fodido e a gente tem que ser bom bom até morrer! bom até morrer é bom pra evidenciar que o mundo não é fodido, mas nós daí o até morrer porque só nos matando pro modo como fodemos o mundo, e seus intinerantes, somos bons, retirantes

desumanizemos

a civilização e suas tecnologias de intimidação liquidação fornicação emoção purificação sugestão presunção humilhação perturbação banalização massificação na ofuscação da televisão das luzes da canção nas chantagens de violentas violetas de marionetes ainda que dóceis de garimpagens de eróticas sondagens vaginais anais, epidérmicas cardíacas psicológicas sociológicas putativas, punheteiras nos diamantes cursos incursos de maquinarias de poderes de recursos de ursos usuras difamantes amantes diletantes dilatantes rumo ao progresso do avante nas últimas tendências das indolências de ais de ais de ais de ais ais e mais gozais ipods, ipeds, ifones de i-fodes id-entificadores feitos para digitar, pressionar, censurar, despedir idiotizar retardar cegar drogar desperdiçar atar o amar no mar de matar tudo ao mesmo tempo na ágora pra caçar pra fracassar pra assar em fogueiras as bruxas as putas os gays os brancos os negros os bebês os a

amor

audácias mais audácias sempre audácias atrevidos mais atrevidos sempre atrevidos insubordinados mais insubordinados sempre insubordinados desafiantes mais desafiantes sempre desafiantes Loucos mais loucuras Sempre loucos confiantes mais confiantes sempre confiantes novo de novo sempre novo vivo mais vivo sempre vivo impossíveis mais impossíveis sempre impossíveis utópicos, mais utópicos sempre utópicos humildes, nunca humilhados sempre humildes rés-do-chão mais rés-do-chão sempre rés-do-chão solidários, mais solidários sempre solidários safados mais safados sempre safados esboço mais esboço sempre esboço revolucionários mais revolucionários sempre revolucionários comum mais comum sempre comum sul mais sul sempre mais sul alegrias mais alegrias sempre mais alegrias criação mais criação sempre mais criação porque já basta de centros aristocráticos aristográficos linguísticos financeiros comunicacionais epistemológi

descaminhados

os descaminhos de roma washington pentágono wall Street oTAN os descaminhos dos poderes das armas dos medos das máfias dos ricos milicos os descaminhos dos sem dinheiro direito pão abrigo dos ubíquos demos sem cracia hipocrisia os descaminhos dos recusados acusados humilhados incompreendidos fodidos esquecidos bombardeados os descaminhos de si de mim de ti em mim em si em ti os inacreditáveis impossíveis incompreensíveis inverossímeis imponderáveis incontroláveis inaceitáveis insubordináveis incríveis descaminhos mal falados mal amados mal analisados mal vistos mal compreendidos mal apresentados mal representados mal pensados mal editados caminhos carinhos de cosmológicos ninhos

reza brava

O filho da puta chegou como um milagre, incrível, e a gente ainda acha que a vida não vale a pena, depois desses milagres todos, desses nascimentos todos, surpreendentes, das palavras nascendo enquanto as escrevo, enquanto as digito, um tremendo desafio, porque posso dizer tudo, posso fazer as combinações que não puder, que nem sei que possa, porque é um milagre, um susto, um imprevisto de sonhos que as escritas podem escrever, e tudo está absolutamente aberto, e afirmo novamente, absolutamente aberto, para escrever o que for e o que não for, nada me prende, não existem limites, vou afirmar novamente, não existem limites, nem morte, nem escravos e senhores, nem esquerda e direita, nem o rico e o pobre, nem a minha masculinidade, o meu sexo, as minhas marcas todas, os emparedamentos do mundo, o trabalho, o salário, e suas faltas ainda mais pilantras, nada disto é limite, pelo contrário, tudo isto e muito mais são desa-fios,entedamos, e mesmo esse entendamos, esse verbo assim, metido d

oprimido

os lixos da história este poema e tantos outros os lixos da história de traição e de dominação, são crimes sanguinários artes assa-cínicas os lixos da história, os saberes, os dizeres e os quereres, e não os lixos, os despojos de nojos, mas as oficialidades, os rituais, as boas maneiras o belo amor, a paternidade, o ser médico, presidente professor, potente ou carente, com dente ou sem dente a minha vidinha besta, as prestações, o eu ser hetero ou gay, negro ou branco, criança ou adulto, mulher ou homem, pobre ou rico, ocidental ou oriental, crente ou descrente, os lixos da história, a liberdade, a igualdade, a fraternidade, o primeiro colocado seja lá no que for e também o último, e também o nem um nem outro os lixos da história, o moralista e o imoralista, o utopista ou o niilista o opressor e o oprimido o caçador e o caçado o patrimônio material e simbólico a alta e a baixa culturas os lixos da história a imparcialidade e a parcialidade a seriedade

vergonha

tenho vergonha de ser homem mulher gay branco negro amarelo adulto velho jovem criança tenho vergonha de ser deste mundo sendo quem sou e também quem não fui não serei não seria ou sereia tenho vergonha da humanidade de existir o rico o pobre o trabalhador o vagabundo o santo o puto o honesto o pilantra tenho vergonha por saber que a fome na Somália não é destino natural fatal espiritual mas parte da trama de quem odeia de quem ama pois tudo é o mesmo mundo de fama de lama de cama de coma na lona tenho vergonha das guerras imperialistas mas também das guerras narcisistas hedonistas vigaristas legalistas esportivas amorosas realistas fatalistas sensacionalistas tenho vergonha por algum dia ter dito pela primeira vez é meu é seu tenho não tenho sou não sou quero não quero sei não sei morro de vergonha por existir línguas países culturas sistemas ordens religiões saberes poderes tenho vergonha de ser gent

selo

cuidar amar, criar alimentar pensar, trepar, amigar cheirar tocar divagar sem selo sem sê-lo com zelo fora do desmazelo Sem propriedades proprietários domínios espertos otários na aberta sociedade sem contratos de posses de poses de vozes Fora do selo da guerra Do é meu, é seu, é dela, Fora do selo da guerra do terrorismo: Da morte anônima a mais cruel das mortes na líbia no iraque no afeganistão na somália nas esquifes esquinas dos atropelamentos no sê-lo da guerra de tráfego tráfico de trânsitos mortorizados a morte anônima é o abril dos mais cruéis das nortes mortes no sul pois tem a tortura, como corrente moeda vigente, tem a ingente gente sem nome na quantidade, aos milhares aos milhões, como impessoalidade, como terceira pessoa da trindade da mortandade, pra estuprar, humilhar, sacanear, tomar, manipular, sequestrar, atar fora do selo sê-lo da guerra de violar, maltratar, matar, sem que saibamos como e por quê fora do

alquimia do verbo

um verme, um vírus e uma horda de bactérias invadiram, peste letal, o corpo do mundo. o veneno contra o veneno, os anticorpos contra os corpos invasores, o corpo do mundo definhado na uti dos pesadelos virais. a morte é certa; a vida incerta. toda medicina, nietzsche dizia que a arte é medicina, toda ela buscava a cura: inutilmente, embora acreditassem na globalização justa, num sistema de inclusão, nos estudos culturais, na ong contra fome da praga, insaciável, na poesia de papel (esta ), na alegria ilhada. o hermético segredo contra tal incontrolável mal, alguns muitos o chamavam de inevitável, e diziam que era preciso adaptarmos, pra não ficarmos de fora, estava precisamente no fora, que é o mais dentro de nós, expulso de nós por nós: estava em cristo. não o cristo dos religiosos, dos cristãos, dos católicos, dos pentecostais, mas o cristo morto ressuscitado, o cristo dos passos das paixões, o que morreu pra salvar, e ressuscitou salvando-nos; um cristo anarquista,

punheta

(pra não perder o estrume) finalidade sem fim da justiça alegria beleza amizade amor cuidado na revolução sem fim da letra na treta da reta na teta dos lábios na buceta analógica de veneta sem muleta vinheta na punheta

você

você é um delinquente um terrorista se luta pela paz por justiças contra as bombas de genocídios de liberdade de democracia de direitos humanos dos - business as usual - exércitos ocidentais você é um assassino um monstro sanguinário se luta contra o apartheid o colonialismo o imperialismo se propõe o fim do capitalismo você é um demônio ismo, ismo, ismo de polvos povos pés de abelhas a desaguar ismos ismos ismos de encapetados utopismos fora da dopadocorporocracia de sismos sismos sismos terremotos atômicos de capitalismos você é um torturador um ditador implacável se propõe a solidariedade e o livre direito dos povos de construir seus presentes futuras bocas em frutos sem interferências sem ingerências sem maledicências sem murros muros você é um genocida um perigo contra a vida um bárbaro comedor de criancinhas um pedófilo de inocentes menininhas o próprio diabo encarnado no quarteto da maldade: o bastardo o revolucioná

Iraque

o preço vale a pena de mortes incontáveis sem rostos, apagáveis chafurdadas em covas comuns de fósseis combustíveis de estatísticas infindáveis de números inclassificáveis as dores insuportáveis espalhadas estilizadas consubstanciadas em marcas de automóveis no direito de ir e vir dos indivíduos louváveis devidamente motorizados em complexos nexos desconexos refleticos reflexos nos bombásticos músculos de espelhos de egos da morte a combustão: em iraque o eixo do bem com estados unidos liderando assassinaram a mais de três milhões de iraquianos são cinco milhões de órfãos um milhão de viúvas assassinaram a infraestrutura pontes escolas, hospitais condutos de água assassinaram a memória milenar a alegria lunar do iraquiano solar pilharam a vida tudo porque sabem que o lucro vale o genocídio o lucro vale tudo é por isso que amo o prejuízo que amo a falta de juízo que amo o regozijo que amo a vida que se inventa no vult

Rabisco

amor é algo em que se é indistinto e distingo os traços aços do seu rabisco e você me apresenta sem se apresentar sua poesia, seu eros da distância, seu eros da proximidade, e vejo borboletas entrelaçadas no ar, saltando, e são pássaros, e são insetos, e são folhas, e são gentes, e são seu tesão em vinho transfigurado nos sonhos que vejo, que desejo, que toco, que retoco, que ouço, que remoço, que degusto, que te gusto, que cheiro, que recheio, e você é minha não minha perturbação, os tatos atos de meus sentidos, e a saudade não tem idade, parece muito antes de mim, como se antes do ovo, antes do óvulo, do esperma, do gozo, algo-ouro-diamante-música-alegria-utopia-ressurreição-feto-paraíso-já e, antes de nascer, de escrever, de ser texto, de existir o mundo, antes/depois de Deus, no remotíssimo agora de não tê-la tendo, na tela-pintura de pintar-nos, a dois, a um, a mil, imagens em estrelas de nos darmos, de sermos dados, acaso do caso de um lance de dados e você não abolirá o

utopia

o capitalismo é absurdo absolutamente nele somos absurdos aberrações concretamente abjetas abstratamente a única coisa a fazer além de tocar um tango argentino é abnegadamente dançar cantar imaginar pensar realizar amar voar divagar fora do absurdo surdo mercado de absurdas garras de guerra de lucro e então surtados - alegremente generosamente igualmente amorosamente revolucionariamente localmente mundialmente plenamente – de corpo de mente corpalmente seremos lindamente outra gente então na absurda vida nasceremos individualmente e fora da absurda lucrativa morte viveremos coletivamente

BANDO

de vagabundos pilantras de filhos da puta desgraçados de incompetentes ridículos de bandidos preguiçosos de ignorantes analfabetos de marginais incorrigíveis de ingratos retirantes de jagunços messiânicos de salafrários falsários de inviáveis desviantes de gatunos pobres de tarados amantes de ilegais errantes de loucos distantes bando de ovários de futuros nascimentos noturnos diários de incorrigíveis críveis inverossímeis revolucionários de vocês bandos de quebrantos não esperamos nada porque podem entre tantos sem entretanto manadas espalhadas podem tudo badernas bandos de atrapalhados santos pecadores de pernas abertas sem dores no chão de flores podem bandos de avacalhados olores em bandos vocês podem fazedores salvar o mundo da desordem ordem do regresso bando de alvores em bandos vocês podem tomar dos imundos ricos o mundo de progressos dissabores pregressos horrores bandos em viagens em bandos v

ensaio o poema

tem quanto tempo que não faço um poema, nem sei. estarei cansado de minhas aliterações, de meus jogos de palavras, que bobagem, você talvez finalmente esteja ficando velho, se rendendo à moral burguesa das boas maneiras de escrever um bom poema. você sempre escreveu como um pobre , um faminto jogando, fazendo aliterações, misturando, misturando não, que é pouco, e você poderia estar dizendo agora, é rouco, é mouco, como já fez alhures, em cores vadias por aí, mas não, você não diz, não dirá. Então, se não é misturando tudo com tudo, como você faz o que não faz. E você dirá, me deu vontade de escrever um poema fazendo o baixo-ventre, as vísceras, o sexo, tudo isto que fica debaixo, que me faz ser o que sou não sendo, sendo muito mais, um animal humano, que come, que caga, que sente dores de barriga, de rins, e que fica de tesão. Este lugar do baixo-ventre, aqui, olha, estou tocando nele, este lugar, olha o meu pau, este lugar, está mole, vou mexer nele, penso na mulher que vi na