/A arte é o que faz ser a vida mais interessante que a arte/ quem me quer como eu nem sequer me quero? entre o destronado reino sem fim das necessidades e o privilégio do reino das exclusividades, quais mins de mim fechariam comigo, se eu me destronasse todo no primeiro? quem me amaria a mim entre as pessoas que dizem me amar, se este homem aqui, olhem, que mal conheço este aqui, olhem, que mal concebo e mesmo assim é o que justifica toda uma existência este que abriga toda a coragem presente e ausente. em qualquer ente, que sente, se este homem em mim fosse todo eu? este que pode perder o caminho de casa e achar os caminhos do mundo que pode simplesmente ignorar os conluios de não: ao sonho, à justiça aos injustiçados à liberação da mulher e do homem - do entorpecimento de suas domesticadas paixões - à proliferação, em cascata, de amores, de furores, de cantores, de outros valores que não sejam os dos impérios dos horrores, dos terrores dos impostores
“O fato de Balzac ter sido forçado a ir contra as próprias simpatias de classe e os seus preconceitos políticos, o fato de ter visto o fim inelutável de seus tão estimados aristocratas e de os ter descrito como não merecendo melhor sorte e o fato ainda de ter visto os verdadeiros homens do futuro no único sítio onde, na época, podiam ser encontrados, tudo isso eu considero como um dos maiores triunfos do realismo e uma das características mais notáveis de Balzac”. Friedrich Engels, 1888